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Torcedores presos por briga em SP são soltos
Os 19 são membros de uma facção da Gaviões da Fiel
DA REPORTAGEM LOCAL
Um grupo de 19 torcedores
da Gaviões da Rua São Jorge,
facção da Gaviões da Fiel, do
Corinthians, que haviam sido
presos na quarta retrasada
após participar de confronto
com vascaínos, tiveram a prisão
relaxada, sendo autorizados a
responder pelos crimes a que
são acusados em liberdade.
Eles haviam sido indiciados
pelos crimes de formação de
quadrilha, rixa com resultado
em morte e dano ao patrimônio
privado. Chegaram a ficar presos no Centro de Detenção Provisória Vila Independência, na
zona leste de São Paulo.
Davi Gebara, 40, advogado de
alguns membros da Gaviões da
Rua São Jorge, confirmou a soltura de seus clientes. O benefício acabou sendo extensivo a
todos os 19 torcedores.
"Aleguei que foi uma prisão
arbitrária. Se todo torcedor que
está junto no estádio, ou se dirigindo para ele, estiver formando quadrilha... O juiz ou juíza
entendeu que os torcedores podem responder em liberdade
provisória até que se chegue a
alguma decisão", disse Gebara.
"Não acho que haverá condenação", concluiu o advogado.
A Secretaria de Segurança
Pública de São Paulo informou,
por meio de sua assessoria de
imprensa, que não se pronunciará sobre o caso.
Os corintianos foram detidos
na semana passada após participarem de um confronto com
torcedores do Vasco que resultou na morte do também torcedor do Corinthians Clayton
Ferreira de Souza, 27.
Ele foi encontrado agonizando, com ferimentos de golpes
de barra de ferro e estocadas de
objeto cortante logo após o fim
do confronto que envolveu cerca de 60 membros da Gaviões
da Rua São Jorge -considerada
pela polícia uma facção com alto potencial de violência- e
mais de 400 vascaínos. Souza
morreu no pronto-socorro.
O confronto ocorreu quando
um comboio com 13 ônibus
vindos do Rio, levando torcedores do Vasco ao Pacaembu para
assistirem ao jogo da semifinal
da Copa do Brasil (que terminou 0 a 0), encontrou-se com
um ônibus de corintianos parado na marginal Tietê, próximo
à ponte das Bandeiras (zona
norte de São Paulo).
Segundo a Polícia Militar, os
corintianos provocaram e agrediram os torcedores rivais, iniciando um confronto que só
acabou com a chegada de reforços para os PMs que escoltavam o comboio de ônibus.
De acordo com o delegado
José Antônio Ayres, da Decradi
(Delegacia de Crimes Raciais e
de Intolerância), que investiga
o caso, cinco dos 19 indiciados
já haviam tido passagens pela
polícia por crimes variados.
Como a PM não deteve nenhum vascaíno no dia do tumulto -preferiu recolocá-los
no ônibus e despachá-los para o
estádio-, a Decradi ainda busca identificar quem eram os integrantes da torcida do time carioca envolvidos no confronto.
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