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Liga de basquete reconhece falhas e celebra união
Campeonato gerido pelos clubes inicia hoje as finais, entre Brasília e Flamengo, e já planeja mudanças para a 2ª edição
Para organização, torneio ainda carece de melhor nível técnico e de infraestrutura, mas teve mérito de resgatar a aliança entre os clubes
DA REPORTAGEM LOCAL
Os problemas ainda são muitos. Solução para todos eles,
apenas a longo prazo. É com essa avaliação "pé no chão" que
organizadores e equipes chegam à reta decisiva do Novo
Basquete Brasil (NBB), o primeiro Nacional organizado pelos clubes após anos de crise.
Os mata-matas entre Brasília
e Flamengo começam hoje, às
12h, na capital federal.
"O sonho de ter um campeonato mais perfeito ficou adiado
para a segunda edição. Tínhamos a grande missão de fazer o
torneio acontecer, conseguimos, e a marca foi a união dos
clubes", disse Sérgio Domenici,
gerente-geral da liga, que teve
chancela da CBB (Confederação Brasileira de Basquete).
Nos últimos anos, o Nacional
foi motivo de queda de braço
entre as equipes e a CBB.
A luta dos clubes para gerenciar a competição começou em
2006, quando foi criada a NLB
(Nossa Liga de Basquete).
Sem o apoio da CBB, porém,
a liga sofreu deserções. O Nacional da confederação, por sua
vez, foi afetado por disputas judiciais e acabou sem campeão.
Em 2007, o Nacional começou sem tabela e teve a desistência de uma equipe. No ano
passado, nova crise: os oito
principais times de São Paulo
romperam com a CBB e disputaram um torneio paralelo.
Após tantas disputas, os clubes se reuniram em meados de
2008 e criaram a liga. A CBB,
então, foi obrigada a ceder.
O NBB começou apenas no
fim de janeiro. Os primeiros patrocínios demoraram três meses para serem fechados.
Mesmo assim, a liga conseguiu um grande aliado. A Globo, além de dar suporte financeiro, tornou-se espécie de
"agência de marketing" do torneio, segundo o NBB. A emissora diz estar orgulhosa da parceria. A maioria do campeonato,
porém, ficou fora da TV aberta.
"O basquete só era notícia
por conta de escândalos. Agora,
voltamos a fazer do basquete
um produto. A referência de todos é a NBA, mas é como você
pegar o cinema brasileiro dos
anos 30 e comparar com Hollywood", declarou Domenici.
Planos para tentar diminuir
esse abismo já começaram a ser
traçados para a segunda edição,
prevista para outubro.
Uma das propostas é, via lei
de incentivo fiscal, criar uma liga sub-19 para movimentar as
categorias de base das equipes.
A liga também quer, com
apoio da CBB, fazer cursos de
aperfeiçoamento para árbitros
e técnicos. Outras metas são
melhorar os ginásios e incentivar a contratação de estrangeiros e o repatriamento de brasileiros, para aumentar o nível
técnico. Os intervalos dos jogos
também serão transformados
em "shows". O modelo é a NBA.
"O grande mérito da liga foi
que conseguimos resgatar o poderio técnico, já que todos os
melhores times enfim jogaram
o mesmo campeonato", afirmou Lula Ferreira, treinador
do Brasília. "Fora da quadra, todos se empenharam. Quando
você vive a dificuldade da organização de perto, encara de forma diferente", completou ele.
NA TV - Brasília x Flamengo
Sportv, ao vivo, às 12h
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