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Prancheta do PVC
PAULO VINICIUS COELHO pvc@uol.com.br
Parreira voltou
PARREIRA SE tornará hoje
o técnico com maior número
de participações em Copas.
Será sua sexta, pela quinta seleção diferente. Nunca
venceu um jogo de Mundial
sem ser pela seleção brasileira. Sete derrotas e um empate por Kuait (82), Emirados Árabes (90), Arábia
Saudita (98). Fracassos à
parte, você só precisa ouvir
Parreira para entender sua
diferença em relação ao
técnico do Brasil em 2006.
Aquele era sisudo e caminhava solitário, no frio suíço, enquanto Zagallo se recuperava fisicamente. Sem
o velho parceiro por perto,
Parreira fracassou.
Curioso que um caderno
especial do diário sul-africano "The Star" tenha destacado, nesta semana, Parreira dando lições de como
ser um comandante: "Não
se pode ter medo de tomar
decisões, mesmo que firam
interesses de alguns".
Parreira é mesmo um teórico. Mas a diferença entre
2006 e 2010 se revela no
tom de voz. Pergunte sobre
o que mudou na África do
Sul que estreia hoje na Copa
e na que jogou a Copa das
Confederações em 2009.
Ele responde empolgado
e não para de falar: "Com o
Joel, o time tinha três Mauros Silvas. Hoje, meu volante tem o estilo de Clodoaldo", diz, referindo-se a Kagisho Dikgacoi, do Fulham,
e Khuboni, do Golden Arrows. "O que temos de melhor é o toque de bola, e é isso o que vamos priorizar."
Pienaar é o cérebro, mas
preste atenção em Modise e
Tshabalala. O rival de hoje?
"O México é o rival mais perigoso da chave. Muito rápido e de muita técnica."
Parreira parece tão feliz
que voltou a merecer o título
de "estudioso", que não colava mais em sua testa.
O México tem em seu
elenco quatro campeões
mundiais sub-17 de 2005:
Vela, Giovani dos Santos,
Moreno e Juárez. Joga em
um 4-3-3 à base de velocidade. É forte mesmo. Talvez o
suficiente para tirar um
pouco da paz de Parreira.
OS LÍDERES
Evra, Gallas e Anelka são
os três principais líderes da
França. Tentam mudar o rumo do fracasso após os últimos amistosos. A prova se
mandam ou não é hoje: querem Diaby e Henry titulares.
URUGUAIOS
O último técnico a levar o
Uruguai para as oitavas de final foi Oscar Tabárez, hoje no
banco. Ele obteve a última vitória celeste em Copas: 1 a 0
sobre a Coreia do Sul (1990).
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