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Histórico move França e Uruguai
Domenech nunca perdeu em Copa; rival jamais caiu nela ante franceses
RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL À CIDADE DO CABO
A França não perde um jogo de Copa do Mundo desde
2002 e, com o treinador Raymond Domenech, ainda não
foi derrotada na competição.
O Uruguai, por seu lado,
não ganha uma partida de
Copa do Mundo desde 1990,
quando era dirigido pelo seu
técnico atual, Oscar Tabárez.
O único jogo entre seleções campeões mundiais na
fase de grupos da Copa abre
de vez hoje, às 15h30 (Brasília), o Green Point e envolve
escritas dos dois lados.
Apesar do tabu negativo, o
Uruguai nunca perdeu para a
França numa Copa. Ambos
jogaram duas vezes no torneio -em 1966, deu Uruguai
(2 a 1) e, em 2002, 0 a 0.
Domenech já sabe que não
continuará como técnico dos
Azuis após a Copa, mas também que ficará na história
pela longevidade no cargo
-desde julho de 2004- e pelo vice-campeonato mundial, invicto, em 2006. Nos
pênaltis, os franceses perderam a decisão para a Itália.
Isso apesar de suas esquisitices -como pedir a namorada em casamento em coletiva após ser eliminado da
Eurocopa- e de receber críticas da imprensa e ouvir questionamentos de jogadores.
"Estamos prontos, calmos.
Temos grande responsabilidade, mas gosto disso nos
ombros", disse Domenech.
Ele acha possível repetir a
campanha de quatro anos
atrás, quando só perdeu o título para a Itália nos pênaltis. "Perdemos da China [em
amistoso], mas o jogo contra
o Uruguai é mais importante.
Em 2006, empatamos jogos
no início [contra a Suíça e a
Coreia do Sul]", afirmou ele.
Domenech disse conhecer
o Uruguai, mas tirou o peso
da partida. "O primeiro jogo é
importante, mas não é decisivo. Teremos mais dois."
Do outro lado, Oscar Tabárez tem uma missão histórica, seja pelo tempo sem vitórias de seu país em Mundial,
seja porque aceita o oponente como favorito hoje.
"A França tem grandes jogadores, especialmente na
parte ofensiva. É normal que
tenha favoritismo, mas isso é
antes da partida. Ela teve dificuldades com algumas
equipes, e podemos repetir
esses times", disse Tabárez.
Ele aponta a globalização
como dificuldade para seu
país. "Faz tempo que trabalhamos juntos, conhecemos
nossa realidade e queremos
melhorar nossa situação."
"Em 1990, [tínhamos] vários jogadores locais, ficamos muito tempo concentrados na Europa. Hoje, com
muitos jogadores na Europa,
preferi preparação com mais
tempo em casa, com os jogadores vendo suas famílias."
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