São Paulo, sexta-feira, 11 de junho de 2010

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Histórico move França e Uruguai

Domenech nunca perdeu em Copa; rival jamais caiu nela ante franceses

RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL À CIDADE DO CABO

A França não perde um jogo de Copa do Mundo desde 2002 e, com o treinador Raymond Domenech, ainda não foi derrotada na competição.
O Uruguai, por seu lado, não ganha uma partida de Copa do Mundo desde 1990, quando era dirigido pelo seu técnico atual, Oscar Tabárez.
O único jogo entre seleções campeões mundiais na fase de grupos da Copa abre de vez hoje, às 15h30 (Brasília), o Green Point e envolve escritas dos dois lados.
Apesar do tabu negativo, o Uruguai nunca perdeu para a França numa Copa. Ambos jogaram duas vezes no torneio -em 1966, deu Uruguai (2 a 1) e, em 2002, 0 a 0.
Domenech já sabe que não continuará como técnico dos Azuis após a Copa, mas também que ficará na história pela longevidade no cargo -desde julho de 2004- e pelo vice-campeonato mundial, invicto, em 2006. Nos pênaltis, os franceses perderam a decisão para a Itália.
Isso apesar de suas esquisitices -como pedir a namorada em casamento em coletiva após ser eliminado da Eurocopa- e de receber críticas da imprensa e ouvir questionamentos de jogadores.
"Estamos prontos, calmos. Temos grande responsabilidade, mas gosto disso nos ombros", disse Domenech.
Ele acha possível repetir a campanha de quatro anos atrás, quando só perdeu o título para a Itália nos pênaltis. "Perdemos da China [em amistoso], mas o jogo contra o Uruguai é mais importante. Em 2006, empatamos jogos no início [contra a Suíça e a Coreia do Sul]", afirmou ele.
Domenech disse conhecer o Uruguai, mas tirou o peso da partida. "O primeiro jogo é importante, mas não é decisivo. Teremos mais dois."
Do outro lado, Oscar Tabárez tem uma missão histórica, seja pelo tempo sem vitórias de seu país em Mundial, seja porque aceita o oponente como favorito hoje.
"A França tem grandes jogadores, especialmente na parte ofensiva. É normal que tenha favoritismo, mas isso é antes da partida. Ela teve dificuldades com algumas equipes, e podemos repetir esses times", disse Tabárez.
Ele aponta a globalização como dificuldade para seu país. "Faz tempo que trabalhamos juntos, conhecemos nossa realidade e queremos melhorar nossa situação."
"Em 1990, [tínhamos] vários jogadores locais, ficamos muito tempo concentrados na Europa. Hoje, com muitos jogadores na Europa, preferi preparação com mais tempo em casa, com os jogadores vendo suas famílias."


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