São Paulo, sábado, 11 de junho de 2011 |
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Alvo fácil São Paulo muda estilo após fracassos do primeiro semestre e adota retranca para virar líder, mas sua defesa permite a rivais alto número de finalizações
RAFAEL REIS DE SÃO PAULO Para alcançar a liderança do Brasileiro, o São Paulo mudou de cara e adotou a retranca como estilo de jogo. O time do Morumbi celebra o fato de ser o único que ainda não sofreu gols na Série A. Mas isso não significa que sua retaguarda esteja funcionando perfeitamente. Mesmo com um esquema defensivo, o time de Paulo César Carpegiani é o segundo que mais sofre finalizações no torneio. Em média, os adversários chegam à sua meta 15,7 vezes a cada partida. Apenas o Ceará, vazado cinco vezes em três jogos, sofre mais pressão -são 16 tentativas de gol por jogo. Do outro lado da tabela está o Internacional, o time que menos leva finalizações no Brasileiro (8,3 vezes por rodada), mas que levou quatro tentos. "Você tem que ver se as oportunidades são reais", questionou Carpegiani, que considera que o São Paulo só foi realmente ameaçado três vezes na apertada vitória por 1 a 0 contra o Atlético-MG. De fato, segundo os números do Datafolha, Rogério é apenas o oitavo goleiro que mais defesas faz, com 4,7 intervenções por partida. No triunfo de quarta, o terceiro em três rodadas do Brasileiro, o time marcou o gol único da vitória ainda no primeiro tempo e depois se fechou para evitar o empate. Hoje, contra o Grêmio, o São Paulo irá repetir a formação que atuou em Sete Lagoas. Isso significa um meio- -campo com quatro volantes. Será a terceira vez na Série A que o quadrado Wellington, Rodrigo Souto, Casemiro e Carlinhos Paraíba será utilizado desde o apito inicial. "Não temos quatro homens de marcação. O Casemiro não marca ninguém, o Carlinhos também é meia. Antes, a gente jogava com apenas os dois como volantes porque tínhamos três zagueiros", falou o técnico. A mudança que levou o time ofensivo do primeiro semestre a adotar a cautela aconteceu após as quedas no Paulista e na Copa do Brasil. Em entrevista concedida à Folha há cerca de 20 dias, o treinador já havia adiantado que desejava formar uma equipe mais "cascuda". "Não temos essa preocupação com os gols, mas sim com a vitória. Estamos mais competitivos. Mas, quando eu tiver todo mundo à disposição, vou tentar aliar essa competitividade a um maior poderio ofensivo, que é o que o São Paulo precisa", disse. Enquanto não conta com Luis Fabiano e Fernandinho, dois dos seus principais atacantes à disposição, retrai-se e pode quebrar recorde. Se vencer hoje, o time que marcou apenas quatro vezes em três jogos terá de forma isolada o melhor início de sua história no Nacional. Em 1978 e 2002, o clube também arrancou com três triunfos. Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Carpegiani pede novos jogadores Índice | Comunicar Erros |
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