São Paulo, sábado, 11 de junho de 2011

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Ingressos criam rusga pré-final

SANTOS
Peñarol julga Pacaembu pequeno para a partida decisiva da Libertadores e reclama


LEONARDO LOURENÇO
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

O clima quente que se espera dentro do gramado do estádio Centenário, na primeira partida da final da Libertadores, na próxima quarta-feira, apareceu primeiro nos bastidores da decisão.
Dirigentes do Santos e do Peñarol trocaram farpas por causa da quantidade de ingressos que cada clube terá para seus torcedores quando atuarem como visitantes.
A opção do time brasileiro em mandar o jogo de volta no estádio do Pacaembu foi o estopim da discussão.
"A capacidade do estádio é nossa única reclamação. Eles nos deram 1.800 ingressos, isso é uma catástrofe", lamentou Washington Cataldi, cartola do time uruguaio.
A questão levou o vice-presidente do Peñarol, Edgar Welker, à Conmebol para reclamar formalmente da utilização da arena municipal como o palco da decisão.
A atitude é uma resposta aos torcedores do time uruguaio, que ontem picharam as paredes da sede do clube em protesto pela pouca quantidade de ingressos.
"Eles têm que se informar melhor com seu representante, porque são 2.450 ingressos, o máximo que conseguimos dentro de uma legislação vigente", respondeu o presidente santista, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro.
O brasileiro justifica a carga pequena na limitação a 5% dos bilhetes que podem ser vendidos aos visitantes.
"Aqui, diferentemente de Montevidéu, tem um promotor e uma determinação de que o visitante não pode exceder 5% dos torcedores. Foi o que a polícia autorizou."
O Peñarol já avisou que dará a mesma quantidade de entradas para os santistas na partida de ida, o que gerou protestos na Vila Belmiro.
"Eles têm um estádio para 70 mil pessoas e, se usassem o mesmo critério, nos dariam 3.500 ingressos [5% do total]", afirmou Luis Alvaro.
"Mas o futebol é uma fogueira de vaidades, e todos querem aparecer mais do merecem. Isso tudo é recheado de fanfarronices."
Cataldi se disse temeroso pelo fato de que muitos torcedores do Peñarol possam vir a São Paulo mesmo sem ingresso. "Isso pode acontecer. Foi assim em Porto Alegre [nas oitavas de final] e em Santiago [nas quartas]."
Luis Alvaro desdenhou da possibilidade e garantiu que as ações do Santos são para a segurança dos torcedores.
"Eles deveriam se preocupar em nos dar as mesmas garantias. Não queremos que se repitam as cenas do Paraguai", afirmou o presidente, sobre a violência da qual torcedores e dirigentes do Santos foram alvo na semifinal, contra o Cerro Porteño.
"A irritação é inoportuna e sem razão. Não passo sobre a lei", concluiu Luis Alvaro.


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