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São Paulo, sexta-feira, 11 de julho de 2003

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VÔLEI

Com Giovane inspirado, seleção faz 11 pontos no fundamento, bate Itália e pegará tchecos em semifinal da Liga Mundial

Saque enfim engrena, e Brasil fica em 1º

MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

Giovane vai para o fundo da quadra. Com as duas mãos, quica a bola no chão, lança-a ao alto e bate. Do outro lado da rede, a Itália não consegue defender.
Esse ritual se repetiu ontem cinco vezes e foi o principal responsável pela vitória sobre os italianos, que proporcionou ao Brasil um jogo mais fácil nas semifinais da Liga Mundial, na Espanha.
Os 11 aces durante a partida -cinco deles do ponta Giovane- colocaram a seleção na primeira colocação do Grupo F.
Amanhã, enfrentará o segundo colocado da outra chave, a República Tcheca, rival bem mais fraco do que a Sérvia e Montenegro (ex-Iugoslávia, atual campeã olímpica), que jogará contra a Itália.
O confronto de ontem serviu para redimir o fundamento mais irregular da equipe, o mais criticado pelo técnico Bernardinho durante toda a Liga deste ano.
Foi graças à boa atuação no saque que a seleção marcou 3 sets a 1 sobre os italianos: 31/29, 25/21, 17/25 e 25/23. A Itália, contra os 11 aces brasileiros, fez apenas três.
Em todos os outros fundamentos, o time apresentou rendimento inferior na quadra de Madri.
A Itália atacou mais vezes com perfeição (56 contra 50), fez um bloqueio a mais (9 a 8) e errou ligeiramente menos (29 a 30).
Principal nome do Brasil no saque, Giovane foi também o maior pontuador da partida, com 19 pontos -marcou 13 de ataque, cinco de saque e um de bloqueio.
Sua atuação o colocou como líder das estatísticas de saque da fase final -0,58 ace por set.
O ponta, que havia entrado no decorrer do jogo contra a Rússia, começou ontem como titular e só saiu no quarto set, quando Bernardinho colocou Giba.
Com o primeiro lugar do grupo assegurado -a seleção entrou em quadra já classificada por causa da derrota da Rússia para a Bulgária-, o treinador decidiu dar ritmo a Dante, Giba, Anderson, Maurício e Henrique.
O rodízio começou na terceira parcial e, sem os titulares, a seleção assegurou a classificação italiana. O time do treinador Gian Paolo Montali precisava vencer apenas um set para garantir sua vaga e despachar a Bulgária.
No quarto set, com a volta de alguns titulares, o Brasil voltou melhor e conseguiu fechar o jogo.
"Estava sendo um ótimo duelo. O primeiro set foi excelente, mas os outros três não foram tão bons. Foram muitos erros", avaliou o técnico Bernardinho.
Com a vitória sobre a Itália, a seleção brasileira chegou à semifinal com a segunda melhor campanha da segunda fase -três vitórias e três sets perdidos.
Sérvia e Montenegro, que estava em um grupo mais fraco, ao lado de República Tcheca, Grécia e Espanha, cedeu apenas dois sets.
Considerando-se também a fase de classificação, o Brasil é o melhor time da Liga, com 13 vitórias e duas derrotas. "Provamos que estamos crescendo e somos capazes de vencer adversários tão difíceis quanto Itália e Rússia. Agora começa outro campeonato", declarou o levantador Ricardinho.


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