|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VÔLEI
Com Giovane inspirado, seleção faz 11 pontos no fundamento, bate Itália e pegará tchecos em semifinal da Liga Mundial
Saque enfim engrena, e Brasil fica em 1º
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Giovane vai para o fundo da
quadra. Com as duas mãos, quica
a bola no chão, lança-a ao alto e
bate. Do outro lado da rede, a Itália não consegue defender.
Esse ritual se repetiu ontem cinco vezes e foi o principal responsável pela vitória sobre os italianos, que proporcionou ao Brasil
um jogo mais fácil nas semifinais
da Liga Mundial, na Espanha.
Os 11 aces durante a partida
-cinco deles do ponta Giovane- colocaram a seleção na primeira colocação do Grupo F.
Amanhã, enfrentará o segundo
colocado da outra chave, a República Tcheca, rival bem mais fraco
do que a Sérvia e Montenegro (ex-Iugoslávia, atual campeã olímpica), que jogará contra a Itália.
O confronto de ontem serviu
para redimir o fundamento mais
irregular da equipe, o mais criticado pelo técnico Bernardinho durante toda a Liga deste ano.
Foi graças à boa atuação no saque que a seleção marcou 3 sets a 1
sobre os italianos: 31/29, 25/21,
17/25 e 25/23. A Itália, contra os 11
aces brasileiros, fez apenas três.
Em todos os outros fundamentos, o time apresentou rendimento inferior na quadra de Madri.
A Itália atacou mais vezes com
perfeição (56 contra 50), fez um
bloqueio a mais (9 a 8) e errou ligeiramente menos (29 a 30).
Principal nome do Brasil no saque, Giovane foi também o maior
pontuador da partida, com 19
pontos -marcou 13 de ataque,
cinco de saque e um de bloqueio.
Sua atuação o colocou como líder das estatísticas de saque da fase final -0,58 ace por set.
O ponta, que havia entrado no
decorrer do jogo contra a Rússia,
começou ontem como titular e só
saiu no quarto set, quando Bernardinho colocou Giba.
Com o primeiro lugar do grupo
assegurado -a seleção entrou
em quadra já classificada por causa da derrota da Rússia para a Bulgária-, o treinador decidiu dar
ritmo a Dante, Giba, Anderson,
Maurício e Henrique.
O rodízio começou na terceira
parcial e, sem os titulares, a seleção assegurou a classificação italiana. O time do treinador Gian
Paolo Montali precisava vencer
apenas um set para garantir sua
vaga e despachar a Bulgária.
No quarto set, com a volta de alguns titulares, o Brasil voltou melhor e conseguiu fechar o jogo.
"Estava sendo um ótimo duelo.
O primeiro set foi excelente, mas
os outros três não foram tão bons.
Foram muitos erros", avaliou o
técnico Bernardinho.
Com a vitória sobre a Itália, a seleção brasileira chegou à semifinal
com a segunda melhor campanha
da segunda fase -três vitórias e
três sets perdidos.
Sérvia e Montenegro, que estava
em um grupo mais fraco, ao lado
de República Tcheca, Grécia e Espanha, cedeu apenas dois sets.
Considerando-se também a fase
de classificação, o Brasil é o melhor time da Liga, com 13 vitórias
e duas derrotas. "Provamos que
estamos crescendo e somos capazes de vencer adversários tão difíceis quanto Itália e Rússia. Agora
começa outro campeonato", declarou o levantador Ricardinho.
Texto Anterior: Grêmio sofre nona derrota Próximo Texto: Instabilidade no 3º set enerva Bernardinho Índice
|