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Brasil dança em quadra e derrota a Itália no GP
Time acerta sincronia da defesa, marca a "melhor do mundo" e mostra evolução
Zé Roberto ressalta os dois
desfalques das adversárias, mas elogia empenho tático e concentração da equipe, que enfrenta Cuba hoje
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
O técnico José Roberto Guimarães ainda se incomodava
com uma dúvida. Após ver a seleção feminina fazer atuações
de gala contra times de força,
temia a resposta das jogadoras
contra equipes técnicas, que
desperdiçam poucas bolas.
Ontem, ele teve a resposta. E
deixou a quadra satisfeito.
Concentradas e muito aplicadas no sistema defensivo, as
brasileiras marcaram 3 sets a 0
(25/20, 25/17 e 25/23) sobre a
Itália, em apenas uma hora e
seis minutos. Hoje, às 23h30, o
adversário é Cuba. Nesta madrugada, o time pegaria a China
em Yokohama, no Japão.
"Jogamos como uma dança:
bloqueio de um lado, defesa do
outro. Nosso grupo está cada
vez mais coeso. É muito bom
enfrentar uma equipe como a
Itália, que tem muitas qualidades e erra pouco. Temos que estar sempre concentradas e
manter a disciplina", afirmou a
ponta Paula Pequeno.
A seleção marcou dez pontos
de bloqueio, contra três das italianas. O time também cometeu menos erros: 16 a 21.
Até ontem, a equipe nacional
era a única que não havia perdido sets na fase final do torneio.
"Elas têm a Taismary Aguero
[cubana naturalizada italiana],
para mim, a melhor jogadora
do mundo. Merece atenção redobrada. É legal ver a equipe se
adaptando a cada adversário e
às diferenças táticas. Queria
muito jogar contra a Itália porque é um adversário que obriga
o Brasil a estar sempre concentrado", declarou Zé Roberto.
O treinador, no entanto, ressaltou que a Itália de ontem não
é a mesma que a seleção deve
encarar na Olimpíada
"O time jogou bem, gostei da
apresentação, mas a Itália não
contou com duas jogadoras
muito importantes: Simona
Gioli e Antonella Del Core",
destacou o treinador.
O Grand Prix não é chance
apenas para o Brasil testar as
opções para Pequim. Com apenas duas jogadoras que subiram ao pódio para receber o
bronze em Atenas-2004, as cubanas também estão em fase de
lapidação para os Jogos.
"Estamos tendo a chance de
enfrentar grandes equipes. Assim podemos observar o que
precisamos corrigir. Houve
uma renovação de Atenas para
cá. Acredito que, atualmente,
Brasil e Itália sejam as duas seleções que estão mais regulares", afirmou o assistente técnico de Cuba, Eugenio George.
Nos confrontos entre os dois
times, as tricampeãs olímpicas
somam 73 vitórias, contra 45
das brasileiras. Em edições do
Grand Prix, disputado desde
1993, a seleção nacional venceu
18 jogos e sofreu cinco derrotas.
"A rivalidade existe até hoje,
mas só dentro de quadra. Hoje
temos um controle melhor dessa rivalidade", afirmou a meio-de-rede Walewska, bronze nos
Jogos de Sydney-2000, vencidos pela seleção de Cuba.
NA TV - Brasil x Cuba
Sportv, ao vivo, às 23h30
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