São Paulo, sexta-feira, 11 de julho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Brasil dança em quadra e derrota a Itália no GP

Time acerta sincronia da defesa, marca a "melhor do mundo" e mostra evolução

Zé Roberto ressalta os dois desfalques das adversárias, mas elogia empenho tático e concentração da equipe, que enfrenta Cuba hoje


MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico José Roberto Guimarães ainda se incomodava com uma dúvida. Após ver a seleção feminina fazer atuações de gala contra times de força, temia a resposta das jogadoras contra equipes técnicas, que desperdiçam poucas bolas.
Ontem, ele teve a resposta. E deixou a quadra satisfeito.
Concentradas e muito aplicadas no sistema defensivo, as brasileiras marcaram 3 sets a 0 (25/20, 25/17 e 25/23) sobre a Itália, em apenas uma hora e seis minutos. Hoje, às 23h30, o adversário é Cuba. Nesta madrugada, o time pegaria a China em Yokohama, no Japão.
"Jogamos como uma dança: bloqueio de um lado, defesa do outro. Nosso grupo está cada vez mais coeso. É muito bom enfrentar uma equipe como a Itália, que tem muitas qualidades e erra pouco. Temos que estar sempre concentradas e manter a disciplina", afirmou a ponta Paula Pequeno.
A seleção marcou dez pontos de bloqueio, contra três das italianas. O time também cometeu menos erros: 16 a 21.
Até ontem, a equipe nacional era a única que não havia perdido sets na fase final do torneio.
"Elas têm a Taismary Aguero [cubana naturalizada italiana], para mim, a melhor jogadora do mundo. Merece atenção redobrada. É legal ver a equipe se adaptando a cada adversário e às diferenças táticas. Queria muito jogar contra a Itália porque é um adversário que obriga o Brasil a estar sempre concentrado", declarou Zé Roberto.
O treinador, no entanto, ressaltou que a Itália de ontem não é a mesma que a seleção deve encarar na Olimpíada
"O time jogou bem, gostei da apresentação, mas a Itália não contou com duas jogadoras muito importantes: Simona Gioli e Antonella Del Core", destacou o treinador.
O Grand Prix não é chance apenas para o Brasil testar as opções para Pequim. Com apenas duas jogadoras que subiram ao pódio para receber o bronze em Atenas-2004, as cubanas também estão em fase de lapidação para os Jogos.
"Estamos tendo a chance de enfrentar grandes equipes. Assim podemos observar o que precisamos corrigir. Houve uma renovação de Atenas para cá. Acredito que, atualmente, Brasil e Itália sejam as duas seleções que estão mais regulares", afirmou o assistente técnico de Cuba, Eugenio George.
Nos confrontos entre os dois times, as tricampeãs olímpicas somam 73 vitórias, contra 45 das brasileiras. Em edições do Grand Prix, disputado desde 1993, a seleção nacional venceu 18 jogos e sofreu cinco derrotas.
"A rivalidade existe até hoje, mas só dentro de quadra. Hoje temos um controle melhor dessa rivalidade", afirmou a meio-de-rede Walewska, bronze nos Jogos de Sydney-2000, vencidos pela seleção de Cuba.


NA TV - Brasil x Cuba
Sportv, ao vivo, às 23h30




Texto Anterior: Futsal: Japão é primeiro adversário do Brasil na Copa do Mundo
Próximo Texto: Masculino: Time de Bernardinho faz primeiro treino hoje em Minas
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.