São Paulo, sexta-feira, 11 de julho de 2008

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Pequim-2008/Taekwondo e Lutas

Teste da força

Desvendar a tática do adversário e encaixar o golpe unem esses esportes

FABIO GRIJÓ
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

A força é testada sempre no taekwondo e nas lutas. Não apenas a força física mas principalmente a força mental -saber executar os movimentos na hora certa para superar o adversário no combate.
É preciso analisar o oponente, perceber seu jeito de lutar, para, então, pôr a força -física- nas mãos e nas pernas.
"A capacidade psicológica é o que determina seu desempenho. Você tem pouco tempo para montar a estratégia em cima do seu adversário, são apenas três rounds de dois minutos cada um", fala Débora Nunes, classificada para Pequim no peso até 57 kg do taekwondo.
"É fundamental ter corpo e mente em equilíbrio", diz ela.
No esporte que Débora pratica, pernas e mãos são permitidos. Nas lutas, a greco-romana proíbe o uso de membros inferiores. Na livre, é liberada a utilização de pernas.
"Os chutes são 80%. O braço é usado principalmente para a defesa", conta Débora, que diz treinar a ênfase nas pernas com muita repetição dos movimentos que serão empregados na hora da competição.
"Você treina seqüências de movimentos baseadas naquilo que seu rival poderá fazer no combate", diz Débora.
Dessa maneira, o atleta saberá como reagir quando estiver competindo. Terá menos chances de ser surpreendido pelo oponente.
Toda atenção é fundamental na luta e no taekwondo para não apenas encaixar o golpe mas também evitar o contra-ataque. Nas lutas, por exemplo, a queda finaliza o combate. No taekwondo, a disputa pode ser encerrada por nocaute, o golpe perfeito.
Como em qualquer esporte, os atletas dessas modalidades aprendem a conviver no limite físico o tempo todo de suas carreiras.
"Como você usa muito as pernas, é comum o atleta ter lesões no joelho e no quadril, estiramento, até pela repetição dos movimentos que faz nos treinos e na competição. Treinamos duas vezes por dia. Sempre você tem a fisioterapia acompanhando sua rotina", fala Débora.
Haja pernas para, além de competir, ainda levar adiante a rotina de preparação. Sempre apostando na força, aliada à mente, para superar o adversário e chegar à vitória. "A cabeça é o que faz a diferença", diz Débora.


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