|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Pequim-2008/Taekwondo e Lutas
Teste da força
Desvendar a tática do adversário e encaixar o golpe unem esses esportes
FABIO GRIJÓ
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A força é testada sempre no
taekwondo e nas lutas. Não
apenas a força física mas principalmente a força mental -saber executar os movimentos na
hora certa para superar o adversário no combate.
É preciso analisar o oponente, perceber seu jeito de lutar,
para, então, pôr a força -física- nas mãos e nas pernas.
"A capacidade psicológica é o
que determina seu desempenho. Você tem pouco tempo para montar a estratégia em cima
do seu adversário, são apenas
três rounds de dois minutos cada um", fala Débora Nunes,
classificada para Pequim no peso até 57 kg do taekwondo.
"É fundamental ter corpo e
mente em equilíbrio", diz ela.
No esporte que Débora pratica, pernas e mãos são permitidos. Nas lutas, a greco-romana
proíbe o uso de membros inferiores. Na livre, é liberada a utilização de pernas.
"Os chutes são 80%. O braço
é usado principalmente para a
defesa", conta Débora, que diz
treinar a ênfase nas pernas com
muita repetição dos movimentos que serão empregados na
hora da competição.
"Você treina seqüências de
movimentos baseadas naquilo que seu rival poderá fazer
no combate", diz Débora.
Dessa maneira, o atleta saberá como reagir quando estiver competindo. Terá menos chances de ser surpreendido pelo oponente.
Toda atenção é fundamental na luta e no taekwondo
para não apenas encaixar o
golpe mas também evitar o
contra-ataque. Nas lutas, por
exemplo, a queda finaliza o
combate. No taekwondo, a
disputa pode ser encerrada
por nocaute, o golpe perfeito.
Como em qualquer esporte, os atletas dessas modalidades aprendem a conviver
no limite físico o tempo todo
de suas carreiras.
"Como você usa muito as
pernas, é comum o atleta ter
lesões no joelho e no quadril,
estiramento, até pela repetição dos movimentos que faz
nos treinos e na competição.
Treinamos duas vezes por
dia. Sempre você tem a fisioterapia acompanhando sua
rotina", fala Débora.
Haja pernas para, além de
competir, ainda levar adiante
a rotina de preparação. Sempre apostando na força, aliada à mente, para superar o
adversário e chegar à vitória.
"A cabeça é o que faz a diferença", diz Débora.
Texto Anterior: Ação: Trânsito no teto do mundo Próximo Texto: O que ver na TV Índice
|