São Paulo, segunda-feira, 11 de julho de 2011

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JUCA KFOURI

Para Mano, de Tite


Tite, com time muito inferior aos que Mano teve em mãos, vai fazendo bem mais do que ele

PODE PARECER incrível, mas há na alta direção corintiana quem torça para a seleção brasileira ir mal e para Mano Menezes voltar ao alvinegro.
A primeira parte da torcida está dando certo, embora a seleção não vá mal, vá péssima.
Difícil está a segunda parte porque Tite, mesmo sem o DNA corintiano, com um time muito inferior aos que Mano teve em mãos, vai fazendo bem mais do que ele fez.
Como ontem, no Serra Dourada predominantemente alvinegro.
Embora tenha havido uma bola que jamais se saberá se entrou ou não no gol corintiano, o fato é que o Corinthians criou pelo menos seis chances claríssimas de gol para aproveitar uma, com Willian, diferentemente do Atlético-GO que pouco criou.
O Corinthians de Tite é solidário, consistente e, diferentemente do que gosta o corintiano, defensivista, tanto que é a defesa menos vazada, com apenas quatro gols em oito jogos. Mas é, também, e veja você, raro leitor, o terceiro melhor ataque, com 16 gols, um atrás do Inter e dois do Flamengo, ambos com um jogo a mais. Ou seja, um time que está invicto e, na média, ganhando seus jogos por 2 a 0,5, não pode se queixar, a não ser pela falta de fantasia.
Mas, tirante o Santos completo, quem joga com fantasia no Brasil?

MANO MAL
Burro Mano Menezes não é.
Nem sortudo, embora os gols tenham saído dos pés dos improváveis Jadson e Fred. Mas é esquentadinho, a ponto de discutir com torcedores, como Dunga. Que começou também muito mal sua Copa América, mas a conquistou. Ou Mano conquista a dele ou, ao menos, mostra um mínimo de futebol com seu time, ou seu chefe fará um montão nele.

IMPERDOÁVEL
Sofrer o empate nos acréscimos da prorrogação de um jogo em que as rivais ficaram com dez desde os 20 minutos do segundo tempo é simplesmente inadmissível. Faltou cabeça.
Jogar com ligação direta o tempo todo também não é razoável.
Enquanto as brasileiras têm Marta, as americanas têm goleira, equilíbrio e estratégia, além de uma garra digna de nota.
E se Messi talvez devesse mesmo ter nascido na Espanha, Marta, coitada, merecia ter nascido nos Estados Unidos ou na Alemanha.

blogdojuca@uol.com.br


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