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FUTEBOL
Sete meses após o jogo da decisão do Mundial de Clubes da Fifa, equipes voltam a se enfrentar em situação oposta
Corinthians e Vasco põem crise em jogo
MAÉRCIO SANTAMARINA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os dois clubes que entraram em
campo há sete meses para o jogo
mais importante de suas histórias, na final do Mundial de Clubes da Fifa, jogam hoje, pela Copa
João Havelange, para tentar sobreviver à crise que atingiu ambas
as equipes após aquela decisão.
Vasco e Corinthians vão se enfrentar às 20h30, no estádio de
São Januário, no Rio de Janeiro,
sem transmissão de TV.
O Corinthians, que derrotou o
Vasco naquela final nos pênaltis,
sob o comando de Oswaldo de
Oliveira, enfrentará pela primeira
vez o seu ex-técnico, que se transferiu para o time carioca após a
série de fracassos pós-Mundial.
A equipe paulista foi eliminada,
consecutivamente, em uma mesma semana, da Copa do Brasil, do
Campeonato Paulista e da Taça
Libertadores da América.
O Vasco, enquanto isso, voltava
a perder uma decisão, a do Estadual do Rio, para o Flamengo,
após ter sido eliminado também
na Copa do Brasil. O time carioca
não havia conseguido vaga para
disputar a Libertadores.
Para agravar a crise, ambas as
equipes perderam estrelas neste
semestre. Edmundo trocou o
Vasco pelo Santos. Edílson deixou o Corinthians e, à revelia, se
apresentou ao Flamengo.
Nesse panorama, os dois clubes
foram derrotados logo na primeira rodada da Copa JH.
Após um esboço de reação no
segundo jogo -o Vasco empatou
e o Corinthians conseguiu vencer-, o quadro voltou a ser desfavorável para ambos.
Enquanto os corintianos vêm
de derrota na Copa Mercosul, de 3
a 0, para o time reserva do Boca
Juniors, na Argentina, na noite de
anteontem, os vascaínos devem
ter seis desfalques hoje.
""Conversei bastante com o time
para que os jogadores saibam separar as duas competições. Não
podemos deixar que o resultado
da Mercosul interfira na Copa
João Havelange", afirmou o técnico Oswaldo Alvarez.
Mesmo alegando ter apoio da
diretoria do clube e de seu parceiro, o fundo de investimentos norte-americano HMTF, Alvarez sabe que será difícil se manter no
cargo se o time não der sequência
à reação obtida na última rodada
da competição nacional, com vitória de 4 a 2 sobre o Gama.
Para mostrar que a origem dos
problemas não está no seu trabalho, ele começa a cobrar publicamente a contratação de reforços.
Em vez disso, no entanto, tem
que se conformar com mais perdas. A Inter de Milão, por exemplo, negocia para ter Vampeta já
na próxima semana. Domingo,
contra o Santa Cruz, poderá ser o
seu jogo de despedida do clube.
A mais nova indicação de Alvarez é o atacante Róbson Ponte, do
Bayer Leverkusen (ALE), que despontou sob o seu comando no
Guarani. Ele seria o ideal, a seu
ver, para compor o ataque com
Luizão, substituindo Edílson.
A lateral direita é outra prioridade do time, que vem improvisando Márcio Costa na posição
devido a uma contusão de Índio.
""Não podemos culpar o Vadão
(Alvarez) pelos maus resultados
do time. A culpa é dos jogadores.
Quando a gente quer jogar, como
ocorreu contra o Gama, a gente
joga. Temos que ter atitude do início ao fim", disse ontem Luizão,
convocado pela seleção brasileira
(leia texto nesta página).
No Vasco, Oswaldo de Oliveira,
que já não poderia contar para o
jogo de hoje com Helton, na seleção olímpica, Mauro Galvão, submetido a uma artroscopia no joelho direito, Gilberto, com uma
hérnia de disco, Pedrinho, recuperando-se de uma tendinite, e
Alex Oliveira, com estiramento na
coxa esquerda, teve mais uma
surpresa ontem.
Ele foi informado pelo departamento médico do clube de que a
torção no tornozelo direito sofrida pelo zagueiro Alexandre Torres anteontem é mais grave do
que se pensava. O jogador, que
havia conquistado a vaga de titular, ficará afastado por 30 dias.
A solução será improvisar o lateral-direito Clébson na esquerda
e passar Felipe para o meio-campo. Odvan volta à zaga.
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