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O PERSONAGEM
Giovane quer medalha e pede urgência a time
DA REPORTAGEM LOCAL
As declarações do atacante
Giovane Gavio, 29, parecem
não compactuar com a serenidade e calma com que fala.
Muso da geração de ouro,
posto que nenhum outro conseguiu preencher em sua ausência, diz ""não ter mais tempo
de esperar mais nada".
"A gente tem que torcer para
que o time se acerte agora, porque vamos para a Olimpíada
para disputar medalha, nada
menos", dizia enquanto, deitado, com a cabeça apoiada na
mochila de material esportivo,
fazia exercício de relaxamento
depois do treino de ontem.
Como Tande, exime-se de
qualquer responsabilidade extra imposta pela condição de
ter disputado duas Olimpíadas,
ter se consagrado aos 20 anos,
ter conhecido as críticas aos 24,
com o fracasso em Atlanta, e
ter sido reintegrado, ao lado do
ex-companheiro na praia, como ""salvador da pátria", aos
olhos da CBV (Confederação
Brasileira de Vôlei).
""Não tem ninguém aqui com
menos de 200 jogos na seleção
(estava errado, Dante não soma nem 30). Esse time tem
muito mais possibilidade de dividir as responsabilidades que
os de antes", comentou.
""Nunca houve um time reserva tão forte quanto o de hoje. Um treino com eles é melhor
que muito jogo. Acho isso e a
Copa América suficientes para
completar a preparação."
Folha - Você e Tande terão somente a Copa América para se
adaptar ao time. É suficiente?
Giovane - É sim. Somente o
coletivo de um time contra outro já é muito forte, vale por um
jogo. A seleção nunca teve um
time reserva com esse nível.
Nós não temos tempo de esperar mais nada. Temos que fazer
os últimos acertos agora.
Folha - É possível comparar esta seleção com a de 1992 ou com
a que fracassou em 1996?
Giovane - Naquela época,
nossa vontade era jogar vôlei.
Fomos para Barcelona na base
do ""vamos ver o que acontece".
Com este grupo, não. Existe
um parâmetro de responsabilidade e de cobrança. É um grupo bastante rodado, ninguém
aqui tem menos de 200 jogos
pela seleção brasileira.
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