São Paulo, sexta-feira, 11 de agosto de 2000


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O PERSONAGEM
Giovane quer medalha e pede urgência a time

DA REPORTAGEM LOCAL

As declarações do atacante Giovane Gavio, 29, parecem não compactuar com a serenidade e calma com que fala.
Muso da geração de ouro, posto que nenhum outro conseguiu preencher em sua ausência, diz ""não ter mais tempo de esperar mais nada".
"A gente tem que torcer para que o time se acerte agora, porque vamos para a Olimpíada para disputar medalha, nada menos", dizia enquanto, deitado, com a cabeça apoiada na mochila de material esportivo, fazia exercício de relaxamento depois do treino de ontem.
Como Tande, exime-se de qualquer responsabilidade extra imposta pela condição de ter disputado duas Olimpíadas, ter se consagrado aos 20 anos, ter conhecido as críticas aos 24, com o fracasso em Atlanta, e ter sido reintegrado, ao lado do ex-companheiro na praia, como ""salvador da pátria", aos olhos da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei).
""Não tem ninguém aqui com menos de 200 jogos na seleção (estava errado, Dante não soma nem 30). Esse time tem muito mais possibilidade de dividir as responsabilidades que os de antes", comentou.
""Nunca houve um time reserva tão forte quanto o de hoje. Um treino com eles é melhor que muito jogo. Acho isso e a Copa América suficientes para completar a preparação."

Folha - Você e Tande terão somente a Copa América para se adaptar ao time. É suficiente?
Giovane
- É sim. Somente o coletivo de um time contra outro já é muito forte, vale por um jogo. A seleção nunca teve um time reserva com esse nível. Nós não temos tempo de esperar mais nada. Temos que fazer os últimos acertos agora.

Folha - É possível comparar esta seleção com a de 1992 ou com a que fracassou em 1996?
Giovane
- Naquela época, nossa vontade era jogar vôlei. Fomos para Barcelona na base do ""vamos ver o que acontece". Com este grupo, não. Existe um parâmetro de responsabilidade e de cobrança. É um grupo bastante rodado, ninguém aqui tem menos de 200 jogos pela seleção brasileira.


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