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PAN E CIRCO
Apenas cumpri o meu dever
JOSÉ ROBERTO TORERO
COLUNISTA DA FOLHA
Há certos jogos que
parecem ter sido feitos
por um roteirista de cinema
americano, com pontos de
virada, clímax e finais felizes. O de Meligeni foi assim.
O tenista brasileiro fez as
vezes de um daqueles personagens de filmes policiais
que estão no seu último dia
de trabalho (o que talvez seja verdade no caso de Fininho) e se depara com um vilão terrível.
Aliás, Marcelo Ríos tem
mesmo ares de vilão de filme policial B: usa rabo de
cavalo, tem barbicha, é latino-americano, presunçoso
e, de vez em quando, até dá
um sorrisinho de escárnio.
Quanto ao roteiro, digo,
ao jogo, também foi perfeito. No primeiro terço do filme, digo, da partida, o vilão
começa ganhando e, no segundo, parece que vai acabar com o mocinho. Mas aí
este consegue se recuperar
milagrosamente e ganha
uma nova chance de vencer
seu terrível oponente.
Então, no terço final da
história, temos uma disputa árdua, com uma grande
luta, porém Meligeni acaba
vencendo. Ele volta para
casa vitorioso e afirmando:
"Apenas cumpri o meu dever"."
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