São Paulo, terça-feira, 11 de agosto de 2009

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VÔLEI

As surpresinhas


No início do novo ciclo olímpico, seleções mexem em seus elencos e geram surpresas do Grand Prix


CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

AS SELEÇÕES aproveitam o início de um novo ciclo olímpico para renovarem seus times. Essas mudanças estão provocando surpresinhas no Grand Prix. A maior delas é a Holanda, que tem campanha semelhante à do Brasil. São os únicos invictos no torneio. Já os EUA, vice-campeões olímpicos, estão fora da zona de classificação.
Vale lembrar que a equipe americana está com uma comissão técnica invejável. O técnico é Hugh McCutcheon, campeão olímpico com a seleção masculina em Pequim. O auxiliar é Karch Kiraly, dono de três ouros olímpicos e considerado o melhor jogador de todos os tempos.
Mas, na quadra, o time já soma quatro derrotas em seis jogos. Está em oitavo na classificação. No próximo fim de semana, ocorrerá a última etapa da primeira fase. Cada seleção fará mais três jogos. Só vão se classificar os cinco primeiros colocados e o Japão, país sede das finais.
Outra seleção que está sofrendo é a Rússia. Das grandes estrelas, a única que permanece é a gigante Ekaterina Gamova, de 2,02 m. O time tem amargado derrotas surpreendentes como para Porto Rico e Japão.
As russas já têm três derrotas em seis jogos e estão em sexto. Como o Japão está em quinto, o time permanece na zona de classificação. A situação poderia ser pior já que Cuba e Itália não participam do Grand Prix.
Já a Holanda está surpreendendo com um saque poderoso, principalmente com Manon Flier, a mais eficiente do torneio. Junte a isso um bloqueio poderoso. O time tem duas das dez melhores bloqueadoras: Caroline Wensink e Kim Staelens.
Já a novidade do Brasil é a entrada de Natália no time titular. A equipe ganha em força de ataque e bloqueio. O problema é que Natália ainda é bem irregular na recepção e tem sido substituída em muitos momentos por Sassá. O maior teste da seleção até agora foi o jogo do último domingo contra a China. O Brasil sofreu com a sua recepção e com o bloqueio chinês. Mas o bacana da história é que na hora da decisão, no quinto set, mostrou o equilíbrio de um time campeão e venceu. É o grande candidato ao título.

BAIXINHA
A baixinha japonesa Yoshie Takeshita, 1,59 m, é mesmo um fenômeno. Com essa altura, tem lugar garantido no time titular do Japão e ainda é a primeira colocada nas estatísticas de melhor levantadora do Grand Prix.

PODER DA AMÉRICA
O futuro do vôlei masculino está na América. Pelo menos é o que indica o último Mundial juvenil. Os três primeiros colocados da competição são desse continente: Brasil, o campeão, seguido por Cuba e Argentina. Surpresa também foi a Índia, que ficou em quarto lugar. O primeiro europeu do ranking é a Rússia, na quinta colocação.

cidasan@uol.com.br

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