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Novo Corinthians imita degolado
Após sofrer desmanche, equipe tem aproveitamento de 27,8%, similar ao de rebaixados no Brasileiro
Cheio de desfalques, Mano Menezes não consegue repetir equipe nos últimos seis jogos, desde que o clube começou a vender titulares
DA REPORTAGEM LOCAL
Até começar a negociar seus
atletas, o Corinthians era o único time brasileiro a vencer as
duas competições que disputara em 2009. Desde que titulares saíram do clube, a equipe
tem um desempenho similar a
rebaixados no Nacional.
O desmanche da vitoriosa
formação titular corintiana começou logo após a vitória sobre
o Cruzeiro, em Minas Gerais.
Saíram André Santos e Cristian, negociados com o Fenerbahce. Depois, foi Douglas.
Desde as duas primeiras negociações, o Corinthians fez
seis jogos no Brasileiro. Somou
apenas 5 dos 18 pontos, com
uma vitória. Ou seja, obteve um
aproveitamento de 27,8% dos
pontos -tinha 55,5% nas 12
partidas anteriores.
No atual Nacional, esse desempenho do novo Corinthians é igual ao do Fluminense, que está no 19ª lugar. Uma
campanha desta rebaixaria a
equipe em todas as edições do
Brasileiro de pontos corridos.
Para se ter uma ideia, o Corinthians de 2007 caiu à Série B
ao obter 38,6% dos pontos. Hoje, a distância para a zona de degola é confortável: sete pontos.
"Sempre acho campeonato
de pontos corridos justo. Tem a
ver com o momento que passamos agora. Dos últimos 15 pontos, fizemos dois ou três. Não
dá. Talvez tenha sido um pouco
duro, merecemos mais", disse o
técnico Mano Menezes, após a
derrota para o Flamengo.
Fora o desmonte, o treinador
ainda perdeu os titulares Alessandro, Jorge Henrique e Ronaldo. A previsão é que o atacante tire os pontos da cirurgia
da mão esquerda hoje.
Assim, é possível que volte a
treinar nesta semana. Se isso
ocorrer, vai demorar mais 30
dias para voltar aos campos.
Sem jogadores da base campeã da Copa do Brasil, Mano
não repetiu escalações nos últimos seis jogos. Foram seis formações diferentes. Só Felipe,
Chicão e Jucilei foram titulares
em todas as partidas.
O técnico teve que apelar para atletas que não vinham jogando, como Bruno Bertucci.
Até mudou a formação do time: abandonou os três atacantes para escalar quatro no
meio-de-campo. Nada tem funcionado. Agora, Mano aposta
em treinos na semana para
ajeitar a "mecânica" e superar a
falta de um diferencial técnico.
Até porque as contratações
foram de nomes como Balbuena, apresentado ontem.
"Não tenho problema de jogar de lateral-direito, zagueiro
ou líbero. Eu me viro até na esquerda, se precisar", disse o paraguaio, que já treina no clube.
Neste cenário, a aposta de recuperação do Corinthians é seu
técnico. "É difícil para o Mano
remontar o time", admitiu o ex-corintiano André Santos, que
está na seleção brasileira.
Colaborou PAULO COBOS , enviado
especial a Tallinn
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