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São Paulo, quinta-feira, 11 de setembro de 2003

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IATISMO

Em Cádiz, brasileiro é o único campeão na categoria mais concorrida do evento, que terá as 11 classes olímpicas

Scheidt veleja só em Mundial para todos

MARCELO SAKATE
DA REPORTAGEM LOCAL

No Mundial mais universal da história, que começa hoje na Espanha, Robert Scheidt ostenta um status quase inigualável: na laser, a classe mais concorrida, ele é o único que já conquistou um título do evento. Nove das demais 11 categorias olímpicas em disputa terão ao menos dois campeões.
Em Cádiz, competem até o dia 24 mais de mil embarcações. Pela primeira vez, a Federação Internacional de Vela (Isaf, na sigla em inglês) decidiu organizar ao mesmo tempo e no mesmo local o Mundial, a principal seletiva para os Jogos de Atenas-2004 -que terá 270 barcos. Normalmente, cada classe realiza seu próprio evento, em locais e datas distintos.
Scheidt, 30, que só entra na água no dia 18, foi o vencedor de seis das sete últimas edições da laser e é o atual tricampeão. Como o inglês Ben Ainslie, que levou o título em 1999, mudou para a finn no ano seguinte, e não houve disputa em 1998, a classe não vê um diferente campeão desde 1994.
Na Espanha, o brasileiro terá rivais que foram no máximo vice-campeões, caso do sueco Karl Suneson (2002), do português Gustavo Lima (2001) e do australiano Michael Blackburn (2000).
Apenas na 470 feminina a situação se repete, porém, em situação diferente, pois competem duas velejadoras. As gregas Sofia Bekatorou e Emilia Tsoulfa são as atuais tricampeãs, mas enfrentarão 61 duplas. Já Scheidt terá 171 adversários na categoria com o maior número de inscritos.
Torben Grael e Marcelo Ferreira, que venceram a star em 1990, estão na classe com a concorrência mais bem qualificada. Ao menos um proeiro ou timoneiro campeão do mundo desde 1993 está em Cádiz -são mais de dez lauréis. Desde os britânicos Iain Percy e Steven Mitchell, defensores da taça, até o americano Paul Cayard, campeão da star em 1998, que já disputou cinco vezes o título da America's Cup, principal evento de vela do mundo.
Outra classe concorrida é a mistral, tanto masculina como feminina. O brasileiro Ricardo Winicki, vice no ano passado, verá em ação os campeões desde 1997. Já Carol Borges enfrentará as vencedoras das quatro últimas edições. Se considerada a história da mistral, apenas dois detentores de título não estarão presentes.
Mesmo a yngling, classe só para mulheres que estreará em Olimpíadas em Atenas e com Mundiais só para elas há dois anos, tem mais campeãs, incluindo até as americanas Betsy Alison, Suzy Leech e Lee Icyda, que ganharam o título em julho -a sua federação foi a única a organizar também o seu Mundial, separado.


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