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Raikkonen pode dizimar uma geração
DO ENVIADO A SUZUKA
As chances de Kimi Raikkonen
conquistar o Mundial de F-1 desta
temporada são mínimas, mas um
título do finlandês na próxima
madrugada traria uma boa carga
de simbolismo à categoria.
Em primeiro lugar, consagraria
a chegada da nova geração, que
tem no piloto da McLaren um representante emblemático.
Raikkonen estreou na F-1 em
2001, com 21 anos, seguindo uma
nova tendência das equipes de
apostarem em pilotos jovens, desconhecidos, com pouca experiência -e poucos vícios- no automobilismo. No ano anterior, a
Williams promovera Jenson Button, então com 20 anos.
Até estrear na Sauber, o finlandês havia disputado só 23 corridas de monopostos, na F-Renault.
A categoria é inferior à F-3 inglesa
e à F-3000, que normalmente formam os pilotos para a F-1.
Devido à sua inexperiência,
Raikkonen correu as cinco primeiras etapas do campeonato sob
observação dos fiscais da FIA (entidade máxima do automobilismo). Se cometesse algum erro
grave, teria a superlicença cassada
e seria banido da categoria.
Além de não fazer nenhuma
besteira, Raikkonen mostrou serviço. Fechou o ano com nove
pontos e conseguiu um contrato
com a McLaren para 2002.
Uma eventual conquista do finlandês também deixaria Michael
Schumacher isolado na categoria
como único piloto de sua geração
a ser de fato vencedor.
O alemão reina absoluto entre
os pilotos de sua época. Tem 70
vitórias na F-1. O escocês David
Coulthard, da mesma geração, é
quem mais se aproxima dele, com
13 triunfos. Os outros representantes desse grupo ficam ainda
mais distantes. O brasileiro Rubens Barrichello venceu seis vezes, Heinz-Harald Frentzen, três,
e Olivier Panis e Giancarlo Fisichella, uma corrida cada um.
Um título de Raikkonen em Suzuka também consagraria uma linhagem de "finlandeses voadores". Keke Rosberg, campeão em
82, foi empresário de Mika Hakkinen, bicampeão em 98 e 99, que
por sua vez ajudou Raikkonen a
entrar na McLaren.
(FSX)
Veja o grid de largada para o GP do Japão na www.folha.com.br
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