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FUTEBOL
Chileno será convidado a voltar à função de preparador de goleiros após o Brasileiro mesmo que vá à Libertadores
São Paulo descarta o técnico Rojas em 04
FERNANDO MELLO
DO PAINEL FC
Roberto Rojas não sentará no
banco de reservas do São Paulo a
partir de 1º de janeiro de 2004. A
diretoria não renovará o contrato
com o técnico chileno independentemente de o time garantir
uma das cinco vagas brasileiras na
próxima Taça Libertadores.
A decisão foi tomada pelo presidente Marcelo Portugal Gouvêa e
pelo diretor de futebol Juvenal Juvêncio ainda em Salvador, após a
derrota de 3 a 0 para o Bahia.
"O Rojas deu sua contribuição.
E o São Paulo cumprirá o acordo
que fez com ele até 31 de dezembro, mesmo que o time perca do
Corinthians amanhã e mesmo
que haja pressão para que ele seja
demitido. O quadro já está definido", afirmou Juvêncio à Folha.
O treinador, que já teve a cabeça
pedida por diretores, ainda não
foi informado do "aviso prévio".
A intenção da cúpula são-paulina é mantê-lo no clube como preparador de goleiros da equipe,
cargo que ocupava antes de ser
efetivado no lugar de Oswaldo de
Oliveira, demitido em maio.
O único entrave está na questão
salarial, uma vez que o São Paulo
não está disposto a continuar
bancando os R$ 28 mil mensais
que desembolsa atualmente.
Apesar da decisão de trocar de
técnico em 2004, Juvêncio diz que
Rojas, 46, não é o único responsável pela queda de rendimento no
Brasileiro, como defendem abertamente outros diretores.
"Ele fez um bom trabalho. O time não está rendendo e está distante do título brasileiro principalmente por causa de alguns jogadores, que não estão rendendo
o que podem", disse o homem-forte do futebol são-paulino.
A principal crítica da diretoria
em relação ao chileno está na falta
de liderança sobre o grupo, papel
que hoje é desempenhado pelo
goleiro Rogério. Os cartolas também acham que o time não tem
um padrão tático definido e discordam da reclamação do chileno
de que o elenco é pequeno. "Na
minha visão, é até grande demais", declarou Juvêncio.
Na avaliação da cúpula são-paulina, para conquistar um título de expressão o time precisa de
um treinador com pulso, repertório e experiência para pressionar
os atletas em jogos decisivos.
O nome dos sonhos da dupla
Gouvêa/Juvêncio é Emerson
Leão, cujo contrato com o Santos
termina também no fim do ano.
Quando da demissão de Oliveira, o santista já era o primeiro da
lista. O entrave, mais uma vez, está no dinheiro. No Morumbi comenta-se que salários na faixa de
R$ 140 mil/mensais, como os pagos a Oswaldo de Oliveira no início do ano, estão fora da realidade
financeira do clube.
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