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São Paulo, sábado, 11 de outubro de 2003

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FUTEBOL

Chileno será convidado a voltar à função de preparador de goleiros após o Brasileiro mesmo que vá à Libertadores

São Paulo descarta o técnico Rojas em 04

FERNANDO MELLO
DO PAINEL FC

Roberto Rojas não sentará no banco de reservas do São Paulo a partir de 1º de janeiro de 2004. A diretoria não renovará o contrato com o técnico chileno independentemente de o time garantir uma das cinco vagas brasileiras na próxima Taça Libertadores.
A decisão foi tomada pelo presidente Marcelo Portugal Gouvêa e pelo diretor de futebol Juvenal Juvêncio ainda em Salvador, após a derrota de 3 a 0 para o Bahia.
"O Rojas deu sua contribuição. E o São Paulo cumprirá o acordo que fez com ele até 31 de dezembro, mesmo que o time perca do Corinthians amanhã e mesmo que haja pressão para que ele seja demitido. O quadro já está definido", afirmou Juvêncio à Folha.
O treinador, que já teve a cabeça pedida por diretores, ainda não foi informado do "aviso prévio".
A intenção da cúpula são-paulina é mantê-lo no clube como preparador de goleiros da equipe, cargo que ocupava antes de ser efetivado no lugar de Oswaldo de Oliveira, demitido em maio.
O único entrave está na questão salarial, uma vez que o São Paulo não está disposto a continuar bancando os R$ 28 mil mensais que desembolsa atualmente.
Apesar da decisão de trocar de técnico em 2004, Juvêncio diz que Rojas, 46, não é o único responsável pela queda de rendimento no Brasileiro, como defendem abertamente outros diretores.
"Ele fez um bom trabalho. O time não está rendendo e está distante do título brasileiro principalmente por causa de alguns jogadores, que não estão rendendo o que podem", disse o homem-forte do futebol são-paulino.
A principal crítica da diretoria em relação ao chileno está na falta de liderança sobre o grupo, papel que hoje é desempenhado pelo goleiro Rogério. Os cartolas também acham que o time não tem um padrão tático definido e discordam da reclamação do chileno de que o elenco é pequeno. "Na minha visão, é até grande demais", declarou Juvêncio.
Na avaliação da cúpula são-paulina, para conquistar um título de expressão o time precisa de um treinador com pulso, repertório e experiência para pressionar os atletas em jogos decisivos.
O nome dos sonhos da dupla Gouvêa/Juvêncio é Emerson Leão, cujo contrato com o Santos termina também no fim do ano.
Quando da demissão de Oliveira, o santista já era o primeiro da lista. O entrave, mais uma vez, está no dinheiro. No Morumbi comenta-se que salários na faixa de R$ 140 mil/mensais, como os pagos a Oswaldo de Oliveira no início do ano, estão fora da realidade financeira do clube.


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