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VÔLEI
Em final em SP, Rexona bate de novo time de Zé Roberto
Bernardinho volta a triunfar com mulheres após quatro anos e meio
DA REPORTAGEM LOCAL
Bernardinho, 45, voltou ontem,
após quatro anos e meio, a sentir
o gosto de vencer no comando de
uma equipe feminina de vôlei.
Em sua primeira competição dirigindo novamente mulheres, depois de se dedicar por quatro temporadas à seleção masculina
-trabalho que culminou com a
medalha de ouro na Olimpíada de
Atenas, em agosto-, ele brilhou.
Sua equipe, o Rexona, do Rio,
terminou de forma invicta, com
seis vitórias em seis partidas, o
torneio internacional Salonpas
Cup, disputado no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.
Na decisão, derrotou pela segunda vez no torneio -a primeira havia sido na sexta-feira- o
Osasco, atual bicampeão da Superliga e que tem no banco de reservas José Roberto Guimarães,
50, que a exemplo de Bernardinho também ostenta um ouro
olímpico com o time nacional
masculino (em Barcelona-92).
Os técnicos tentaram desviar o
foco, sem êxito. Todas as atenções
se voltaram para o duelo estratégico entre eles. As duas equipes
contam com atletas da seleção
que ficou, sob a batuta de Zé Roberto, em quarto em Atenas-2004.
A carioca tem Fernanda Venturini (mulher de Bernardinho), Sassá e Fabiana. A paulista, Érika,
Valeskinha, Mari, Bia e Arlene.
Bernardinho, cujo último título
com um time feminino foi com o
mesmo Rexona (Superliga, em
abril de 2000), definiu, citando
sua levantadora, o que fez a diferença ontem: "Nosso time tem
menos força de ataque do que o
delas, mas compensamos com a
Fernanda". Elogiou também uma
de suas ponteiras: "Glórias também para a Estefânia, que fez um
grande campeonato. O time chegou com confiança e levou".
Confiança que desapareceu no
Osasco. Deficiente em quase todos os fundamentos, especialmente na recepção, no levantamento e na cobertura, a equipe se
abateu logo no início e pouca resistência ofereceu. Placar final: 3
sets a 0 (25/12, 25/23 e 25/15).
"Faltou atitude e personalidade
para encarar um jogo deste.
Achamos que o outro time era
imbatível", resumiu Zé Roberto,
que perdeu todos os quatro duelos na prancheta contra Bernardinho -os dois primeiros haviam
sido na Superliga 1997/98.
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