São Paulo, quinta-feira, 11 de outubro de 2007 |
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CARLOS SARLI Diversão e/ou grana
COM 46 ANOS e vencendo campeonatos de surfe há 30, Picuruta Salazar ainda acha disposição para juntar três longboards, para competir, e duas biquilhas 5'8" (cinco pés e oito polegadas), para se divertir, e se mandar para os tubos nervosos de Porto Escondido, no México. Foi atrás do que sabe e gosta de fazer. E também da premiação. A última vez que soube, os títulos conquistados por ele passavam dos 150, mas desta vez ficou em oitavo. O campeonato não oferecia grande estímulo financeiro, mas reuniu 32 convidados. O melhor brasileiro foi Carlos Bahia (terceiro), talvez o único que teve retorno no investimento realizado na viagem. Num evento assim, o desafio e o prazer justificam o custo. As ondas chegaram aos dez pés, e 19 pranchas partiram ao meio. Completar alguns tubos de longboard num mar como esse é uma realização. Mas, passada a euforia, Picuruta, em busca de patrocínio, voltou à realidade, ou quase. É um dos protagonistas do reality show que é gravado para a TV com troca de casais. A patroa se mandou e veio outra no lugar. Figura das mais bem-humoradas, Picuruta não acha graça em chegar a essa altura da carreira precisando lutar por patrocinador. ""Pro nível da indústria do surfe no país, não é justo. Tô velho, mas dou resultado." No outro extremo, Bruno Rodrigues, 18, saiu de Porto de Galinhas (PE) para os noticiários de surfe americanos. O garoto, que já morou em SC e é patrocinado pela Mormaii, treina hoje na Califórnia, EUA. Rodrigues venceu o circuito HB Surf Series Pro disputado em quatro etapas em Huntington Beach. Somou um primeiro, um segundo e dois quintos lugares, batendo rivais experientes, como Sunny Garcia, e talentosos, como Adam Virs. Agora sonha em chegar à elite mundial. Com Adriano ""Mineirinho" de Souza, campeão mundial júnior e que faz sua segunda temporada na elite, e Jihad Kohdr, atual campeão brasileiro e nome quase certo no Mundial em 2008, Rodrigues pode vir a fazer parte de uma geração que viverá mais confortável como surfista profissional. Ficar rico? De grana, quem sabe depois de ganhar oito títulos mundiais. De saúde e de astral, é quase certo que todos ficarão. SUPERSURF Começou ontem no Rio a decisão do Brasileiro, e cinco atletas têm chances. No feminino, Tita Tavares já conquistou o tricampeonato. MUNDIAL DE KITESURFE Bruna Kajiya ficou pela segunda vez com o vice-campeonato, atrás da espanhola Gisela Pulido. No masculino, o inglês Aaron Hadlow faturou o tetra. GUARUJÁ E SANTOS Nesta semana, a praia do Maluf ganhou iluminação para surfe noturno, e hoje o ""Pirata" inaugura o Espaço Histórico do Surf. Em Santos, segue a exposição Sete Mares, com 34 painéis de Sebastian Rojas. sarli@trip.com.br Texto Anterior: COI se move para repassar as medalhas Próximo Texto: Gol no final de Zapata apaga a redenção de Hugo Índice |
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