da Reportagem Local
A FPV (Federação Paulista de Vôlei) anunciou que entrará hoje com pedido de cassação da liminar judicial que assegurou ao Banespa o direito de escalar dois jogadores suspensos nas finais do Paulista masculino de vôlei.
A anunciada disputa jurídica entre a federação e o clube é decorrente de distúrbios ocorridos na terceira partida decisiva contra o Report-Nipomed, no sábado. Ao final do jogo, vencido pelo Report, houve discussões e ameaças entre integrantes dos dois times e invasão de quadra por torcedores.
Na segunda-feira, a FPV suspendeu por duas partidas os jogadores Axé e Braz, do Banespa, o técnico Ricardo Navajas, o assistente João Conceição e o atacante Maurício Pagnota, do Report, como responsáveis pelo tumulto.
Horas antes do quarto jogo, anteontem, o Banespa conseguiu na 28ª Vara Cível de São Paulo liminar que permitiu-lhe escalar Axé e Braz. Tendo-os à disposição, o Banespa venceu por 3 sets a 2 (25/18, 19/25, 25/18, 20/25 e 20/ 18), em seu ginásio, empatando em 2 a 2 a série melhor de cinco.
Ao entrar na Justiça, a direção do Banespa alegou não ter tido direito de se defender da punição, pois não existiria TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) constituído na federação. Renato Pera, presidente da FPV, rechaçou essa possibilidade. ""Tribunal existe, o problema é que ele tem que cumprir um prazo legal", afirmou.
Embora tenha tornado pública a intenção de cassar a liminar, Pera não soube explicar qual será a conduta de seus advogados.
""Temos uma série de situações jurídicas que podem acontecer. Não gostaria de emitir qualquer pré-julgamento", disse ontem. Enquanto o imbróglio não se resolve, Axé e Braz podem atuar.
Se não foi de fato à Justiça, a FPV tomou pelo menos uma decisão prática: remarcou, pela terceira vez, a data do quinto jogo.
A princípio, o confronto estava previsto para sábado, em Suzano. Mas o Report perdeu o mando por causa do tumulto no terceiro jogo. A partida foi, então, programada para sexta-feira, no ginásio Poliesportivo do Ibirapuera.
Ontem, voltou-se atrás: a decisão será mesmo no sábado, em São Caetano, um ""campo neutro", segundo Pera.


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