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OLIMPÍADA
Canadense assume presidência
COI anuncia início
da ação antidoping
das agências internacionais
O COI (Comitê Olímpico Internacional) formalizou ontem, em
Lausanne (Suíça), a criação da
Agência Mundial Antidoping.
Também foi nomeado o canadense Richard Pound, vice-presidente do COI, para a presidência
provisória do novo órgão, que terá um orçamento de cerca de US$
25 milhões.
A decisão de criar a agência foi
tomada em fevereiro deste ano,
durante a Conferência Mundial
sobre doping, que também aconteceu em Lausanne.
A necessidade do órgão tornou-se imperativa, porém, por causa
dos recentes casos de atletas consagrados que deram positivo em
testes para substâncias proibidas.
Um dos mais polêmicos foi o do
cubano Javier Sottomayor, recordista mundial do salto em altura,
que teve cocaína encontrada em
exame nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg (Canadá).
Outros dois casos importantes
foram os do inglês Linford Christie, ouro nos 100 m na Olimpíada
de Barcelona-92, e da jamaicana
Marlene Ottey, detentora da terceira melhor marca da história na
prova feminina dos 100 m, que
deram positivo para nandrolona.
Entre atletas brasileiros, a mesma substância provocou a suspensão de Elisângela Adriano, ouro no lançamento de disco no Pan
de Winnipeg.
Segundo seu presidente, a agência antidoping deverá começar a
funcionar efetivamente a partir da
próxima reunião do COI, marcada para os dias 10 e 11 de dezembro. A sede provisória do órgão,
que terá entre dez e 35 membros,
será a cidade de Lausanne.
""Estou pronto para assumir esse desafio, para colocar a agência
sobre os trilhos", disse Pound. Já
foram nomeados 12 delegados.
Os atletas também estão representados. Três já foram indicados:
o jogador norte-americano de vôlei Robert Cvrtlik, a esquiadora
italiana Manuela DiCenta e o patinador norueguês Johann Olav
Koss.
Entre as tarefas do órgão, estão a
definição de uma lista única de
substâncias proibidas, para ser
usada por todas as modalidades
esportivas, coordenar a realização
de exames, formular padrões para
o recolhimento e a análise das
amostras, promover a unificação
das punições e buscar novos sistemas de controle.
Também estão previstas a pesquisa, a prevenção e a educação
contra o uso do doping.
Uma das metas iniciais é atrair a
participação do governo norte-americano, que já havia manifestado contrariedade por considerar que a agência não será independente do COI.
"Espero que os EUA se somem a
essa iniciativa. É um país muito
importante, que tem muita preocupação com o doping. Acredito
que temos respondido satisfatoriamente às suas inquietações sobre a independência e a transparência", afirmou Pound.
Segundo ele, o COI terá uma
participação de 12,5% entre os
membros do novo órgão.
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