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São Paulo, terça-feira, 11 de novembro de 2003

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FUTEBOL

Diretoria vai rescindir contrato do jogador se ele mantiver decisão de só treinar até dezembro, sem voltar a atuar

Corinthians ameaça demitir Vampeta

RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

O contrato de Vampeta com o Corinthians será rescindido caso ele não desista da idéia de apenas treinar com a equipe, sem participar dos jogos até o final deste ano.
Ele se reunirá hoje com o diretor técnico Rivellino, que tentará fazer o atleta voltar atrás.
"Não podemos aceitar um jogador que não quer jogar", afirmou Antonio Roque Citadini, vice-presidente de futebol.
A cúpula corintiana entendeu a atitude do jogador como um pedido de rescisão. Anteontem, ele disse que se recusa a vestir a camisa do clube em 2003 por não ter entrado no segundo tempo da vitória sobre o Goiás, por 2 a 0.
Segundo ele, o técnico Juninho havia prometido dar-lhe uma chance na partida. Vampeta não joga desde a estréia no Brasileiro, na derrota para o Atlético-MG, em março, quando machucou o joelho esquerdo, operado depois.
Os dirigentes apoiaram o treinador e se irritaram com o fato de o volante ter feito a sua reclamação em público, no programa "Mesa Redonda", da TV Gazeta.
A irritação do jogador não é só com Juninho. Ele se queixa também da diretoria, que descontou um mês de salário do atleta. O desconto aconteceu porque ele ficou quase 30 dias na Bahia, sem fazer tratamento no clube para se recuperar da cirurgia no joelho, enquanto cobrava direitos de imagem atrasados.
"Ele estava sendo pago para se tratar. Como não se tratou, não recebeu", declarou Citadini.
O volante teve descontados os R$ 50 mil que recebe de salário. Ele ganha também R$ 70 mil mensais de direitos de imagem, que estão atrasados.
Outro motivo que irritou Vampeta foi o fato de a diretoria ter oferecido um salário menor do que o atual, sem direitos de imagem, para o atleta permanecer no clube em 2004. O valor, que não foi confirmado pelos dirigentes, seria de R$ 80 mil mensais.
Além de cuidar do caso de Vampeta, Rivellino terá de definir nos próximos dias os detalhes da rescisão contratual de André Luiz. Ele está emprestado pelo PSG até a metade de 2004, mas, segundo o clube, pediu para sair. Ele estava sendo cobrado pelos dirigentes pelo fato de não conseguir jogar, apesar de estar liberado pelo médicos, após tratar de contusões.
Contra o Coritiba, ele pediu para não ser aproveitado, alegando não estar bem para entrar em campo. André só participou de oito jogos, desde que chegou ao clube, no fim de julho. A diretoria já queria rescindir o seu contrato.


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