São Paulo, sábado, 11 de novembro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Brasil faz duelo de "gigantes" contra a Rússia no Japão

Únicas invictas até ontem no Mundial de vôlei disputam 1º lugar do Grupo F e apostam nos ataques para triunfar

Liderada por Merkulova e por Gamova, ambas com mais de 2 m, equipe russa faz grandalhonas de Zé Roberto parecerem baixas

DA REPORTAGEM LOCAL

O confronto que vai mostrar qual é, afinal, o "gigante" do Mundial de vôlei. Assim pode ser definido o jogo entre Brasil e Rússia, à 1h de amanhã.
Conhecida pela versatilidade e pela técnica, a seleção do técnico José Roberto Guimarães tem se destacado pela força.
O bloqueio eficiente, que colocou Walewska em primeiro lugar no ranking, é a principal arma da equipe brasileira, aliada aos poderosos ataques de Fabiana pelo meio da rede.
Também é, no entanto, o maior trunfo do time russo.
As duas seleções estavam invictas até ontem. O confronto entre elas deve definir apenas a primeira posição do Grupo F.
A Rússia é formada por gigantes. Ekaterina Gamova e Yulia Merkulova, por exemplo, têm 2,02 m e são as mais altas atletas do Mundial. Fazem as meios-de-rede brasileiras, Fabiana, 1,93 m, e Walewska, 1,90 m, até parecerem baixinhas.
A média de altura das russas é de 1,91 m, a mais destacada do torneio. O Brasil tem 1,85 m.
"Fisicamente elas são muito fortes. Conseguem ótimos ataques e têm saque e bloqueio ótimos", diz Zé Roberto. "O saque viagem delas está fazendo estrago nas recepções rivais."
Com jogadoras tão grandes, a Rússia tem deixado de lado a variação dos ataques. Assim que a bola sai da mão da levantadora, quase invariavelmente procura Gamova, Sokolova (1,93 m) ou Godina (1,92 m), os pilares da equipe.
Por isso, a atenção do bloqueio brasileiro já tem alvo.
"Elas estão usando muito as bolas de segurança, até para não terem que arriscar. Nós temos que neutralizá-las ou não deixá-las atacar diretamente. Também temos de jogar pelo meio, o que vai ajudar bastante", diz a levantadora Fofão.
A altura russa, porém, nem sempre é positiva. Eficientes para saltar, elas têm dificuldade na movimentação para recuperar bolas. "O ponto fraco delas é a defesa", afirma Zé Roberto.
O treinador brasileiro contou com a ajuda do campeão olímpico nos Jogos de Barcelona-1992 Jorge Edson para colher informações sobre a Rússia.
Enquanto o Brasil jogava a primeira fase, o auxiliar técnico fez as vezes de espião e acompanhou os possíveis adversários do Brasil na etapa seguinte.
As atenções estavam voltadas principalmente para as chinesas e para as russas.
Para o primeiro confronto, as informações foram vitais. As brasileiras analisaram uma a uma as adversárias e venceram a China por 3 sets 2. A partida foi uma revanche pela eliminação do Mundial de 2002, quando o Brasil vivia intensa crise.
Amanhã, a equipe de Zé Roberto terá pela frente seu algoz na semifinal da Olimpíada de Atenas-2004, a pior derrota já sofrida pela atual geração.


NA TV - Brasil x Rússia
Globo e Sportv, ao vivo, a partir da 1h de amanhã



Texto Anterior: Masters Feminino: Sharapova avança invicta às semifinais
Próximo Texto: Masculino: Minas é único forasteiro em semifinal de SP
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.