São Paulo, quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Palmeiras tenta atrair sócios em "decisão"

Clube lança o 2º projeto de fidelização de torcedores em menos de três anos

Série de fiascos em campo ajudou a derrubar iniciativa do "Onda Verde", que teve mais de 9.000 associados antes de se tornar deficitário

DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras já tentou ampliar seu número de sócios há quase três anos, mas falhou em campo e viu o projeto naufragar. Por isso a nova empreitada, que será apresentada à torcida no intervalo da partida de hoje, corre o mesmo risco se o time não vencer o Brasileiro.
No final de 2006, o clube lançou o programa de fidelização de torcedores intitulado "Onda Verde". A meta, então, era ter 30 mil sócios em um ano, com receita de R$ 500 mil por mês.
A iniciativa, porém, surgiu ao término de uma temporada na qual o time por pouco não foi rebaixado para a Série B, repetindo o fiasco de quatro anos antes. Ficou uma posição à frente da zona da degola.
Mesmo assim, a esperança em dias melhores fez o Onda Verde atrair quase 10 mil sócios após sua implementação. Os resultados, porém, não vieram.
Em 2007, ano que deveria significar o "boom" do projeto, o clube fez campanhas pífias nos torneios que disputou.
No Paulista, a equipe não avançou às semifinais, sendo ultrapassada por zebras como São Caetano e Bragantino.
A Copa do Brasil terminou para os paulistas, então comandados por Caio Júnior, ainda na segunda fase, com a eliminação diante do modesto Ipatinga.
Fechando o ano desastroso, o Palmeiras perdeu a vaga na Libertadores ao ser derrotado em casa para o Atlético-MG na última rodada do Nacional.
Sem o apelo de ver taças importantes serem trazidas para a galeria do clube, o sócio-torcedor virou sócio-inadimplente, e os cartolas desistiram da ideia.
Também contribuiu para o fracasso uma série de divergências internas durante a gestão de Affonso della Monica.
"O projeto foi sendo politicamente esvaziado", diz o ex-diretor de marketing e idealizador da ideia, Carlos Mira.
Questionado sobre o que havia de novo no Avanti, como foi batizada a nova empreitada palmeirense, em relação ao Onda Verde, o atual diretor-adjunto de marketing, Mauro Zucato, citou os benefícios.
"Basicamente o projeto anterior significava desconto no ingresso. Já esse tem uma série de benefícios", disse o diretor.
Entre as comodidades oferecidas estão descontos em produtos dos principais patrocinadores palmeirenses -Adidas e Samsung- para quem se filiar.
Serão três modelos de adesão: Prata, Ouro e Diamante. As mensalidades custarão R$ 25, R$ 50 e R$ 100, respectivamente. Os benefícios serão proporcionais aos planos escolhidos.
O sócio-torcedor também terá abatimento no valor das passagens aéreas da Azul, uma das patrocinadores da iniciativa.
O Palmeiras espera contar com 50 mil associados nos primeiros seis meses de projeto. A expectativa de renda anual quando o Avanti estiver consolidado é de até R$ 80 milhões.
A partir da 0h de amanhã, o palmeirense poderá se filiar. Às 21h50 de hoje, porém, e em campo, a equipe será o principal atrativo. (RENAN CACIOLI)


Texto Anterior: Palmeiras apela aos torcedores
Próximo Texto: Frase
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.