São Paulo, quinta-feira, 11 de novembro de 2010

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Fator meio de campo

Meias corintianos fazem mais gols do que os rivais e protegem a defesa, que levou 1 gol em 4 jogos

MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO

Se o Corinthians está na briga pelo título do Campeonato Brasileiro é por causa de seu meio de campo.
Os jogadores do setor foram responsáveis por 30 dos 60 gols do time até agora. O clube paulista ostenta o melhor ataque do Nacional.
O artilheiro da equipe é um meia, Bruno César, com 13 gols. Elias, que começou o campeonato como volante, virou meia na era Adilson Batista e voltou a ser volante com a chegada de Tite, colaborou com outros oito tentos.
Paulinho, Jucilei, Ralf, Defederico e Boquita também fizeram gols no Brasileiro.
O ataque corintiano é muito menos eficaz do que seu meio de campo. Iarley fez nove gols, Jorge Henrique, seis, e Ronaldo, mais cinco.
O Corinthians está em segundo lugar no Brasileiro, com 60 pontos. Tem um a menos do que o líder, o Fluminense, e está empatado em pontos com o Cruzeiro, a quem supera no saldo de gols (21 a 12).
No sábado, o Corinthians recebe o Cruzeiro no Pacaembu. Já quase não há mais ingressos à venda para o jogo.

DOMÍNIO
Além de fazer mais gols do que o mesmo setor dos rivais, o meio corintiano também é o que melhor trata a bola.
Segundo números do Datafolha, os apoiadores corintianos trocam, em média, 343 passes por jogo, muito mais do que os rivais Cruzeiro (286) e Fluminense (266). E erram muito menos.
A chegada de Tite aumentou a importância dos jogadores de meio. O treinador mudou a forma de jogar.
Em vez da velocidade -às vezes confundida com pressa- dos tempos de Adilson Batista, uma equipe muito mais preocupada em valorizar a posse de bola do que em atacar freneticamente.
São comuns os treinamentos em que Tite põe seus titulares em metade do campo, com o objetivo de trocarem passes à exaustão, sem que finalizem para o gol.
O resultado foi também uma defesa mais sólida -só um gol tomado nos quatro jogos sob o comando de Tite, que enfrentou clássicos contra São Paulo e Palmeiras.
"Uma bola que os meias seguram lá na frente é importante porque faz o William e o Chicão descansarem lá atrás", explicou Tite.
O treinador também contou com a sorte de poder praticamente repetir o setor em todos os jogos -Ralf não enfrentou o Avaí, suspenso.
Contra o Cruzeiro, o técnico terá quase todos os seus meio-campistas pendurados com dois cartões amarelos. É a situação de Jucilei, Elias e Bruno César, além da do reserva Paulinho.


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