São Paulo, quarta-feira, 11 de dezembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Polícia diz que combate a cambistas cabe aos clubes, e ingressos populares para finalíssima acabam no primeiro dia

PM lava as mãos, e arquibancada esgota

José Nascimento/Folha Imagem
Torcedores enfrentam fila no Morumbi para comprar ingressos


DA REPORTAGEM LOCAL

Logo no primeiro dia da venda de ingressos para a final do Brasileiro, no domingo, os cambistas tomaram conta das bilheterias.
E as entradas para o setor de arquibancadas ficaram esgotadas tanto para a torcida do Santos quanto para a do Corinthians.
No Morumbi e no Parque São Jorge, foram vendidos os bilhetes para os torcedores corintianos. No Pacaembu, na Vila Belmiro e na sede da Torcida Jovem, em São Paulo, aqueles para os santistas.
Nos cinco locais, só há bilhetes para os setores de numeradas inferiores, superiores e cativas.
Na Vila, onde eles começaram a ser vendidos às 13h, os de arquibancada se esgotaram menos de três horas depois, com muitas filas, como nos demais estádios, e protestos dos torcedores.
Foram colocados à venda, de acordo com a Federação Paulista de Futebol, 74,8 mil ingressos, metade para o Corinthians, metade para o Santos, mesmo procedimento adotado no primeiro jogo da final, quando o mando de campo era do time da Vila.
Naquela ocasião, cerca de 10.500 ingressos destinados ao Santos não foram comercializados, sendo que no dia do jogo, nas bilheterias do Morumbi destinadas aos santistas, havia cerca de 12 mil bilhetes à venda até duas horas antes do início da partida.
Já os ingressos para o Corinthians não chegaram a ser vendidos nos guichês do estádio no dia da primeira final. O corintiano que quisesse entrar e sentar com sua torcida teve que recorrer a cambistas, alguns dos quais usavam a camisa da Gaviões da Fiel, a principal organizada do time.
Segundo a Polícia Militar, que estava presente no Parque São Jorge, não cabia a ela coibir a ação de cambistas, que montaram um esquema, repetido no Pacaembu e no Morumbi, para ficar com boa parte das entradas.
Eles atuavam em grupos, ocupando lugares estratégicos na fila, compravam três ingressos cada um -limite por torcedor- e voltavam aos guichês, entrando na frente de companheiros que guardavam lugar na fila.
Ainda de acordo com a PM, cabia ao Corinthians cuidar da distribuição das entradas, já que será ele o mandante da segunda partida que decide o Brasileiro.
A função da PM seria tentar evitar tumultos, como os ocorridos na véspera da partida entre Corinthians e Fluminense, pelas semifinais do torneio.
Naquela ocasião, torcedores chegaram a ficar mais de cinco horas para adquirir seus bilhetes, provocando brigas nos guichês não só do Parque São Jorge, mas principalmente do Morumbi.
O preço do ingresso da arquibancada era de R$ 5 para a térrea e R$ 15 para a superior. Para os demais setores, variam, segundo a FPF, entre R$ 25 e R$ 35. (EDUARDO ARRUDA E JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO)

Colaborou Fausto Siqueira, da Agência Folha, em Santos


Texto Anterior: Parreira diz que time não muda
Próximo Texto: Corinthians não explica "sumiço" no primeiro jogo
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.