DA REPORTAGEM LOCAL

Falta próxima à área. O chute colocado por cima da barreira não dá chances para o goleiro adversário, que vê sua rede estufada e escuta o grito de gol explodir.
Esse lance, que marcou a carreira de Zico, 52, um dos maiores cobradores de falta de todos os tempos, virou rotina para o goleiro Rogério, apontado pelo próprio ex-atleta como seu sucessor.
Campeão do mundo em 1981 pelo Flamengo -o adversário era justamente o Liverpool, apontado como provável rival do São Paulo na final da edição de 2005-, Zico elenca semelhanças entre o seu estilo de bater na bola e o de Rogério, e apontou uma vantagem do são-paulino: "Hoje acontecem muito mais faltas do que no meu tempo." (RBU E TA)

 

Folha - Você acha que o Rogério pode ser mais decisivo que os jogadores de linha?
Zico - Acho que o Amoroso pode desequilibrar. Mas o Rogério tem excelente reposição de bola e passa confiança para o time.

Folha - Dá para comparar o estilo de cobrança do Rogério com algum outro?
Zico - Temos um estilo muito parecido. Batemos com meia força por cima da barreira. Ele bate falta tanto quanto eu, mas leva uma vantagem. No meu tempo, não tinham tantas faltas.

Folha - O Rogério é um dos poucos pratas-da-casa do elenco. Isso influencia?

Zico -Na hora do jogo, um atleta com esse peso tem moral para cobrar e também incentivar os companheiros.

Folha - Que conselho você daria para o São Paulo conquistar o título mundial?
Zico - Pensar antes no primeiro jogo. Antes de chegar na final, o time precisa primeiro ganhar a semifinal.


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