São Paulo, quinta, 11 de dezembro de 1997.



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LEGISLAÇÃO
Ministro diz que esse tipo de jogo, incluído em seu projeto, tem o mérito de gerar 'muito emprego' no país
Pelé aceita bingo e o chama de falcatrua

SOLANO NASCIMENTO
da Sucursal de Brasília


O ministro dos Esportes, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, disse ontem que precisou aceitar uma "falcatrua" na negociação de seu projeto.
Pelé estava se referindo aos bingos, cuja manutenção foi definida na comissão especial da Câmara que analisou a proposta.
O projeto original acabava com esse tipo de jogo. Pelé disse que aceitou a mudança para não agravar o problema do desemprego.
"Apesar de toda a falcatrua, o bingo ainda gera muito emprego", disse, num almoço com parlamentares na casa do deputado Paulo Lima (PFL-SP), em Brasília.
Pelé disse estar "confiante" na aprovação do projeto pelo plenário da Câmara e afirmou que não achava necessário fazer as alterações acertadas na comissão.
"A mudança (na legislação) é boa para o país e isso deveria ser suficiente. Essa questão de negociar é o que eu mais tenho aprendido nessa discussão toda."
Pelé disse também não ver necessidade na ampliação do prazo para que os clubes se transformem em empresas. O projeto original previa um prazo de um ano.
"Acho os clubes podem se adaptar em um ano, mas, talvez, durante a negociação, possamos chegar a 18 meses", afirmou o ministro, antes do fechamento do acordo.
Depois, ao saber da aprovação do prazo de dois anos para a adaptação, Pelé repetiu que o prazo inicial do projeto era "suficiente".
A manutenção do artigo que acaba com o passe foi o ponto do acordo mais comemorado por Pelé. "Acabamos com a escravidão."



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