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LEGISLAÇÃO
Substitutivo do relator, que mantém espírito do projeto, é aprovado após negociação de última hora
Comissão da Câmara aprova 'Lei Pelé'
LUIZA DAMÉ
da Sucursal de Brasília
O substitutivo
do projeto de lei
Pelé, de autoria
do deputado
Tony Gel
(PFL-PE), foi
aprovado ontem na comissão especial da Câmara dos Deputados, após 85 dias de tramitação.
O projeto extingue o passe no futebol e obriga os clube a se transformarem em empresas ou em sociedades civis com fins econômicos, como escritórios de advocacia, mas estabelece prazo para a
implantação dessas mudanças.
A proposta, que define novas regras de organização do esporte,
ainda deveria ser votada no plenário da Câmara ontem à noite. O
projeto poderia ser modificado.
A aprovação na comissão só foi
possível depois de ampla negociação que invadiu madrugadas.
O substitutivo mantém o espírito
do projeto original.
As divergências começaram com
o fim do passe, passaram pela
transformação dos clubes em empresas e pela permissão das ligas
independentes e culminaram com
a regulamentação dos bingos.
Anteontem à noite, os deputados
Eurico Miranda (PPB-RJ), vice de
futebol do Vasco, e Ronaldo Cezar
Coelho (PSDB-RJ), vice-líder do
governo, quase trocaram socos no
plenário da comissão especial.
Miranda insinuou que Ronaldo
estava defendendo os bingos. O tucano devolveu a insinuação. Miranda acusou Ronaldo de ter falido dois bancos. Os dois partiram
para a briga, mas outros deputados evitaram o confronto físico.
A troca de ofensas suspendeu as
negociações, que só foram retomadas ontem de manhã, pouco
antes da votação na comissão.
Depois de uma reunião dos líderes governistas na presidência da
Câmara, com novos xingamentos
e murros na mesa, foi fechado um
acordo para votação do projeto na
comissão especial.
Os líderes acertaram prazos de
transição para dois dos mais polêmicos pontos da lei: o fim do passe
(três anos) e a transformação dos
clubes em empresas (dois anos).
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