São Paulo, sexta-feira, 12 de janeiro de 2001

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FUTEBOL

Adhemar, Japinha e Claudecir podem desfalcar equipe contra o Vasco

Jogadores negociados são tormento para São Caetano

DA REPORTAGEM LOCAL

O São Caetano poderá disputar a final da Copa João Havelange com três titulares (o lateral-direito Japinha, o volante Claudecir e o atacante Adhemar) que podem nem sequer participar de um treino para a decisiva partida contra o Vasco, na próxima quinta-feira.
Mais: pelo menos um dos atletas em questão, o atacante Adhemar, está ameaçado de nem mesmo defender o time paulista no jogo do Maracanã. Vendido para o Stuttgart, da Alemanha, o artilheiro da Copa JH, com 22 gols, viajará hoje à Europa para se apresentar ao seu novo clube.
Mas o Stuttgart está condicionando a compra do passe de Adhemar (por US$ 2 milhões) à cessão imediata do atleta, não querendo que ele dispute a final.
Questionado ontem se havia possibilidade de Adhemar ficar fora da partida, o supervisor do São Caetano, Carlinhos Baptista, resumiu a situação: "Claro, existe muita possibilidade. Se você tivesse a oportunidade de atuar na Europa, iria perdê-la por causa de um jogo?", questionou.
Os casos de Japinha e Claudecir são menos complicados, mas é possível que os dois, que estão sem ter contato com os colegas de equipe desde a final de 30 de dezembro, não treinem com o São Caetano até o dia do jogo.
Negociados com Palmeiras (Claudecir) e Bahia (Japinha), ambos faltaram à reapresentação do elenco, ontem. O São Caetano ainda não fez o seguro exigido pelos atuais clubes dos jogadores.
Claudecir afirmou ontem que ainda ninguém do São Caetano entrou em contato com ele. Os dirigentes do time do ABC disseram que, além do seguro, o Palmeiras exigira um pagamento por cada dia que Claudecir estivesse "emprestado" -a direção palmeirense nega-, o que dificultaria mais ainda a cessão do volante.
O fato é que, como admitiu o diretor de futebol do São Caetano, Genivaldo Leal, pode ser que Claudecir "vá direto para o jogo".
Quanto a Japinha, ele deu declarações à imprensa baiana de que já estava entrosado no novo time e que não estaria disposto a jogar a final. "Foi uma média com a torcida do Bahia. Ele me disse que está louco para jogar", afirmou Leal.
Para atrapalhar ainda mais a preparação do São Caetano, o condicionamento físico dos atletas após 11 dias de férias está aquém do ideal, e não haverá tempo para que chegue a tal estágio. "Quebrou o ritmo, não dá para voltar a mesma coisa. Mas podemos compensar com a motivação", disse o preparador físico Flávio de Carvalho.


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