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VIVA LAS VEGAS
Luta serve de pretexto para casamento
Brasileiros aliam interesse em Popó x Casamayor à praticidade dos matrimônios na cidade
DO ENVIADO A LAS VEGAS
O comerciante Maurício Capella, 41, e a artista plástica Viviane Costa, 38, que estão entre
os brasileiros que viajaram para
para acompanhar a unificação
entre Popó e Joel Casamayor,
adotaram o combate como pano
de fundo para o seu casamento.
""Unimos o útil ao agradável ao
aproveitar a viagem de férias para realizar dois sonhos, assistir a
uma luta de boxe ao vivo em Las
Vegas e, por causa da praticidade, casar em uma das capelas daqui, já que leva só alguns minutos", justifica Viviane, que esperou 13 anos pelo casamento e,
desde os cinco, acompanha lutas
de boxe por influência do pai.
O roteiro sofreu alterações
desde o plano original: primeiro
estava programado um cruzeiro
pelo Caribe. Quando souberam
que Popó unificaria o título, mudaram o trajeto para os EUA, só
que para San Diego, devido a informações divulgadas, incorretamente, que davam conta que o
combate seria naquela cidade.
Quando descobriram que a
unificação seria em Las Vegas é
que surgiu a idéia do casamento.
""Torço para a Lusa e havia
prometido a ela que nos casaríamos só quando meu time fosse
campeão. Ela reclamou que esse
dia poderia não chegar e me
convenceu", brinca Capella, que
ficou paraplégico ao sofrer um
acidente em janeiro de 1987.
A lua de mel, no entanto, não
será protagonizada apenas por
socos. ""Vamos assistir aos
shows e também visitar o Grand
Canyon de helicóptero."
Outro brasileiro que ""uniu o
útil ao agradável" foi o meio-pesado Laudelino Barros. Ele se beneficiou do fato de seu empresário, Johnny Reetz, tê-lo convocado para uma sessão de sparring
nos EUA para ver o combate.
""Não perderia esse tempo todo, 12 horas no avião, apenas para assistir à luta. Mas, já que estamos aqui, vamos torcer, pois é
uma luta importante para o boxe
brasileiro", analisa.
Outros brasileiros viajaram a
Las Vegas só para torcer. É o caso do árbitro Rubens Costa.
""Só vim ver a luta. Aproveitei o
programa de milhagens, e a viagem saiu quase de graça."
Além dos que viajaram por
conta própria, a Confederação
Brasileira de Boxe fez um pacote
para torcedores por intermédio
de uma agência de turismo, mas
só quatro se interessaram.
(EO)
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