São Paulo, sábado, 12 de janeiro de 2002

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VIVA LAS VEGAS

Luta serve de pretexto para casamento

Brasileiros aliam interesse em Popó x Casamayor à praticidade dos matrimônios na cidade

DO ENVIADO A LAS VEGAS

O comerciante Maurício Capella, 41, e a artista plástica Viviane Costa, 38, que estão entre os brasileiros que viajaram para para acompanhar a unificação entre Popó e Joel Casamayor, adotaram o combate como pano de fundo para o seu casamento.
""Unimos o útil ao agradável ao aproveitar a viagem de férias para realizar dois sonhos, assistir a uma luta de boxe ao vivo em Las Vegas e, por causa da praticidade, casar em uma das capelas daqui, já que leva só alguns minutos", justifica Viviane, que esperou 13 anos pelo casamento e, desde os cinco, acompanha lutas de boxe por influência do pai.
O roteiro sofreu alterações desde o plano original: primeiro estava programado um cruzeiro pelo Caribe. Quando souberam que Popó unificaria o título, mudaram o trajeto para os EUA, só que para San Diego, devido a informações divulgadas, incorretamente, que davam conta que o combate seria naquela cidade.
Quando descobriram que a unificação seria em Las Vegas é que surgiu a idéia do casamento.
""Torço para a Lusa e havia prometido a ela que nos casaríamos só quando meu time fosse campeão. Ela reclamou que esse dia poderia não chegar e me convenceu", brinca Capella, que ficou paraplégico ao sofrer um acidente em janeiro de 1987.
A lua de mel, no entanto, não será protagonizada apenas por socos. ""Vamos assistir aos shows e também visitar o Grand Canyon de helicóptero."
Outro brasileiro que ""uniu o útil ao agradável" foi o meio-pesado Laudelino Barros. Ele se beneficiou do fato de seu empresário, Johnny Reetz, tê-lo convocado para uma sessão de sparring nos EUA para ver o combate.
""Não perderia esse tempo todo, 12 horas no avião, apenas para assistir à luta. Mas, já que estamos aqui, vamos torcer, pois é uma luta importante para o boxe brasileiro", analisa.
Outros brasileiros viajaram a Las Vegas só para torcer. É o caso do árbitro Rubens Costa.
""Só vim ver a luta. Aproveitei o programa de milhagens, e a viagem saiu quase de graça."
Além dos que viajaram por conta própria, a Confederação Brasileira de Boxe fez um pacote para torcedores por intermédio de uma agência de turismo, mas só quatro se interessaram. (EO)


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