São Paulo, domingo, 12 de janeiro de 2003

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PINGUE-PONGUE

Questões sobre tragédia viraram fato constante

DA REPORTAGEM LOCAL

As questões que Gabe Ruelas mais ouve desde o combate com Jimmy Garcia são justamente sobre a tragédia.
O pugilista disse, em entrevista por telefone à Folha, que Garcia é algo que sempre será parte de sua vida, mas que o vê apenas como ""mais uma vitória no currículo". (EO)

Folha - Você se recorda do colombiano Jimmy Garcia?
Gabe Ruelas -
Sim, me lembro. É um dos episódios mais tristes de minha carreira. Ele sempre será parte de minha vida, mas do passado.

Folha - O ex-campeão Emile Griffith foi afetado após um de seus rivais ter morrido em decorrência dos ferimentos que impôs a ele. Teve poucos nocautes depois. Isso se repete com você?
Ruelas -
Não. Se entro no ringue, luto duro para ter um combate curto. Agora, a luta com Jimmy Garcia é só mais uma para mim. Don King disse para encará-la como mais uma vitória em meu currículo. Você precisa seguir em frente...

Folha - Você precisou visitar um psicólogo após a tragédia...
Ruelas
- Consultei um psicólogo durante uns nove meses. Não por mim, mas a pedido de minha mulher, que ficou preocupada e achou que essa era a melhor coisa a ser feita. Não posso dizer que isso me ajudou, provavelmente sim.

Folha - Publicaram que a mãe de Garcia disse que você representaria o filho dela. Você voltou a manter contato com ela?
Ruelas
- Não.

Folha - Você gostaria que as pessoas esquecessem Garcia?
Ruelas
- Não é questão de eu querer ou não. Todos se lembram disso e me perguntam sobre isso, acho que será assim até quando eu tiver cem anos.


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