São Paulo, sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

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Doping e moral fazem os EUA patrulharem ídolos do beisebol

Barry Bonds tem teste positivo, e Mark McGwire é barrado no Hall da Fama

DA REPORTAGEM LOCAL

Eles já estavam lado a lado na história do beisebol graças a atuações brilhantes e recordes.
Agora, são alvos da política de "tolerância zero" dos EUA não só para erradicar o uso de doping, mas também para tentar apagar as máculas deixadas pela trapaça no esporte.
Mark McGwire recebeu recado direto. Na votação para o Hall da Fama, obteve apenas 128 dos 545 votos. Pouco para quem deixou os campos com números como 583 home runs (jogada máxima do beisebol) -70 em uma só temporada.
O jogador se aposentou antes de os testes antidoping detectarem com precisão substâncias usadas para melhorar a performance. Mas um de seus ex-colegas, Jose Canseco, expôs em um livro histórias sobre o uso de doping por rebatedores.
McGwire depôs no Congresso dos EUA em 2005. E não negou o uso de drogas proibidas.
"O que eu iria dizer aos meus filhos? Alguns dirão que brinco de Deus. Ou que estou em uma cruzada moralista. Mas isso é o que o Hall da Fama me pede. O voto deve ser baseado em conclusões morais", disse Ann Killion, do jornal "San Jose Mercury", que tem direito a voto.
Barry Bonds está em situação bem mais delicada. O segundo maior rebatedor da história e recordista em uma só temporada (73 home runs) testou positivo para anfetamina (estimulante) na última temporada da MLB, a liga dos EUA.
Só o resultado positivo já complicaria a carreira de qualquer atleta. Bonds, porém, também esteve no centro do escândalo de doping nos EUA.
E sempre se gabou -e usou esse argumento como defesa- de nunca ter sido flagrado em exames antidoping.
Em 2003, foram encontradas substâncias proibidas do laboratório Balco no quarto de seu treinador, Greg Anderson.
À época, Bonds afirmou pensar que as drogas eram suplementos alimentares.
Agora, o rebatedor disse que usou remédio que estava no armário de um colega de time.
Por ser seu primeiro caso, Bonds receberá apenas uma advertência. Mas será submetido a antidopings adicionais nos próximos seis meses.


Com agências internacionais

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