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Beckham, enfim, vai para a Califórnia
Ex-capitão da seleção inglesa vira sócio de seu novo time, Los Angeles Galaxy, e segue os passos das estrelas do anos 70
Jogador rompe com Real Madrid e pode ser tornar o esportista mais bem pago
do mundo, com renda anual superior a US$ 100 milhões
Victor Fraile/Reuters
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O meia inglês Beckham sai do centro de treinamento do Real Madrid, o qual deixará para atuar e ser sócio de um time dos EUA
DA REPORTAGEM LOCAL
David Beckham, 31, não renovará seu contrato com o Real
Madrid, após aceitar oferta milionária do norte-americano
Los Angeles Galaxy. O negócio
pode torná-lo o atleta com o
maior rendimento no mundo.
O pacote acertado pelo inglês
fará dele o personagem mais
relevante do futebol dos EUA,
dentro e fora de campo.
Casado com a ex-spice girl
Victoria, o metrossexual Beckham nem de longe corre risco
de ficar ""sem ambiente" na nova cidade. Tem entre seus amigos o ator Tom Cruise e sua
mulher, a atriz Katie Holmes.
Para ir à América, Beckham,
que recebia US$ 7,7 milhões
(R$ 16,5 milhões) por ano na
Espanha -seu contrato com o
Real acaba em 30 de junho-,
embolsará US$ 50 milhões (R$
107,7 milhões) anuais, fora contratos de patrocínios.
Além disso, o jogador será
elevado à condição de ""player"
nas mesas de negociação, pois o
pacote negociado prevê que ele
se tornará sócio tanto de seu
novo clube como da MLS, a liga
norte-americana de futebol.
Assim, dependendo do impacto do ídolo inglês nos gramados norte-americanos, seu
lucro poderá ser ainda maior.
No total, o negócio incluirá,
além de um salário fixo, bônus
por performance, uma fatia do
material merchandising e novos contratos de patrocínio.
Beckham pode se tornar o
atleta mais bem pago do mundo, posto hoje ocupado pelo
golfista Tiger Woods, que ganhou US$ 98 milhões em 2006.
Se o britânico mantiver seus
atuais contratos de patrocínio e
maximizar os novos canais de
renda abertos nos EUA, poderá
superar os US$ 100 milhões.
Segundo jogador do Real Madrid a se transferir para os EUA
-o primeiro foi o mexicano
Hugo Sanchez-, Beckham segue os passos de Pelé e Beckenbauer, carregando sobre os
seus ombros a responsabilidade de popularizar o esporte.
Beckenbauer e Pelé jogaram
no Cosmos, de Nova York, na
década de 70, logo depois que a
Warner e outras empresas investiram milhões para criar a liga norte-americana de futebol.
A exemplo do que deve ocorrer agora com Beckham, a imagem de Pelé, então aos 34 anos,
não ficava restrita aos gramados. Era possível vê-lo associado a todo tipo de iniciativas relacionadas a marketing.
Beckenbauer, companheiro
de time de Pelé, foi eleito o melhor jogador da liga em sua
temporada inicial. Depois, retornou à Alemanha, onde jogou
pelo Hamburgo até 1982, e finalmente voltou ao Cosmos,
onde encerrou sua carreira.
Assim como acontece com
Beckham, que há seis meses era
capitão da seleção inglesa, mas
que foi ""dispensado" do time,
Beckenbauer jogou pela última
vez pela seleção em 1977, para
só então se mudar para os EUA.
O alemão foi um dos dois únicos a voltar ao velho continente
para seguir com a carreira -o
outro foi George Best. Os EUA
foram palco do encerramento
das histórias de outros atletas,
entre os mais recentes estão o
colombiano Carlos Valderrama
e o mexicano Hugo Sanchez.
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