São Paulo, quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

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"Só o futuro dirá se fiz o certo", diz Assis, vilão em SP e no RS

SÉRGIO RANGEL
DO RIO

Ele foi apontado como vilão por palmeirenses e gremistas. Para o Flamengo, ele é um bom negociador e o responsável por dar as "pistas certas" para os cariocas conseguirem fechar a maior contratação da história do clube.
Com mais de 20 anos de experiência no mundo da bola, Roberto de Assis, empresário e irmão de Ronaldinho, evita polemizar sobre os últimos dias de reuniões e é cético quando questionado se o Flamengo foi o melhor caminho para o jogador.
"Posso fazer vários prognósticos agora, mas só o futuro vai responder se fiz o certo", afirmou Assis enquanto almoçava em um restaurante da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio.
Durante a madrugada, ele festejou ao lado do irmão, até as 5h, o fim da novela e o seu aniversário de 40 anos, completados no dia anterior.
Assis conhece os bastidores do futebol desde os anos 80, quando despontou como revelação do Grêmio no final da década. Depois de quatro anos jogando no Sul, ele se transferiu para o Sion, da Suíça, e rodou o mundo.
Jogou em clubes da França, de Portugal e do Japão, além de ter defendido Vasco, Fluminense e Corinthians, onde jogou em 2001.
Único responsável pela carreira do irmão caçula, Assis foi acusado pelos dirigentes do Grêmio e do Palmeiras de ter fechado acordo com eles e depois capitulado.
Irritado, Salvador Hugo Palaia, vice-presidente do Palmeiras, chegou a declarar que Assis e Ronaldinho deveriam montar um circo.
"Muitos criticaram o Assis, mas ele foi correto. Nós compreendemos os sinais que nos eram dados por ele. Ele sempre disse que tudo passava pelo Milan, e fomos lá", disse a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim.
Em Porto Alegre, torcedores do Grêmio chamam Assis e Ronaldinho de traidores.
O empresário prefere não se pronunciar a respeito. Mesmo assim, diz que não deixará a cidade e continuará morando lá, onde é dono de um time de futebol. "Minha vida continua", afirmou.


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