RODRIGO FRANÇA
da Reportagem Local

É o sonho de Ícaro se realizando. A definição é dada pelos instrutores de paraglider, uma modalidade de vôo livre em que a pessoa faz um salto com uma espécie de pára-quedas dirigível.
O vôo duplo é a melhor opção para quem não quer mergulhar de cabeça em uma modalidade que envolve risco.
"É normal achar que o paraglider é um esporte perigoso, mas, fazendo o salto duplo, você percebe que não está à deriva do vento, mas o usa para se movimentar", explica Eládio Manuel do Nascimento, 44, instrutor de vôo livre da escola Wind Coast.
O salto duplo custa R$ 50 e dura 30 minutos. O curso completo tem cerca de dez aulas práticas e teóricas e custa R$ 500.
Os pontos mais tradicionais para a prática ficam no litoral e em cidades de montanha.
Antes de praticar o esporte, é bom certificar-se se o instrutor é credenciado pelo o DAC (Departamento de Aviação Civil).
A prática da modalidade exige uma série de recursos de segurança, que inclui desde o básico capacete até um "air bag", que se infla durante o vôo, ajudando a evitar traumas em caso de queda.
Além da existência desses equipamentos, a dirigibilidade do pára-quedas, segundo os praticantes do esporte, minimizaria a possibilidade de acidente.
Mas é preciso contar com boas condições meteorológicas, sobretudo vento batendo em direções em que o paraglider não feche -o maior risco de todos.
E o vento não pode ser forte o suficiente para levar o praticante a locais perigosos -fiação elétrica, prédios, árvores, mar.
Assim, quem estiver interessado em saltar deve saber que seu programa dificilmente poderá ser marcado com muita antecedência, porque pode acontecer de uma tarde ser perfeita para a prática da modalidade, e, no dia seguinte, mesmo com tempo ensolarado, de o salto se tornar impossível de ser realizado.

E-mail mais.esporte@uol.com.br


Texto Anterior: Motor - José Henrique Mariante: Adeus Jacarepaguá
Próximo Texto: Paisagem faz o medo desaparecer
Índice