|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Diretor Sebastião Lapola e coordenador Márcio Araújo deixam o clube
Para pagar dívida eleitoral, Palmeiras muda o futebol
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
FÁBIO VICTOR
DO PAINEL FC
Mustafá Contursi começa a pagar as dívidas eleitorais que o levaram a seu sexto mandato na
presidência do Palmeiras. Atendendo a compromissos firmados
durante a campanha para sua reeleição ao cargo, o dirigente trocará o comando do futebol no clube.
Sebastião Lapola, que ocupa o
cargo de diretor de futebol desde
2001, deixará o clube. Além dele, o
coordenador de futebol, Márcio
Araújo, também está de saída.
O jornalista Oswaldo Paschoal,
que dirigiu o Figueirense (SC) e é
amigo de Mário Quaranta Filho,
influente conselheiro palmeirense, será um dos homens que comandarão o departamento.
Além de Paschoal, o clube nomeará um diretor mais ligado aos
conselheiros, que será indicado
pelo grupo do vice-presidente
palmeirense Luiz Carlos Pagnotta, um dos maiores aliados de
Contursi no Parque Antarctica.
O novo dirigente terá mais poderes do que Paschoal nas decisões sobre o futebol palmeirense.
A saída de Sebastião Lapola, que
ainda não foi oficializada, colocará um ponto final em uma relação
entre ele e Contursi que havia meses estava desgastada.
Lapola, que está em férias, não
suportava mais as cobranças de
Contursi. Por várias vezes, desabafou a amigos que não poderia
solucionar os problemas que o
próprio presidente criou, como a
defasagem nas preparações física
e médica do time profissional.
O dirigente chegou até a reclamar maior autonomia para trabalhar. Durante a contratação do
então técnico da equipe Levir Culpi, se queixou ao presidente que,
quando foi fazer propostas a candidatos ao cargo, outras pessoas do clube já o haviam feito.
Na ocasião, Lapola chegou até a
entregar o seu cargo ao presidente, que não aceitou e tentou demovê-lo da decisão de sair.
A falta de sintonia entre o diretor de futebol e o presidente ficou
clara quando Lapola chegou a dizer que Luiz Felipe Scolari foi procurado por dirigentes palmeirenses antes da chegada de Murtosa
ao clube, em setembro de 2002.
Irritado, Contursi o proibiu oficialmente de dar entrevistas.
Amigo de Contursi, o dirigente
viu a relação começar a ruir depois que ele cometeu algumas
"mancadas" em relação ao planejamento da equipe.
Um exemplo ocorreu durante a
pré-temporada palmeirense em
Águas de Lindóia, no ano passado, quando Lapola foi responsabilizado por esquecer o volante
Taddei e o zagueiro Thiago Mathias no hotel da delegação antes
de uma partida amistosa.
Outro motivo para a saída de
Lapola teria sido o pedido da mulher dele para deixar o Palmeiras
porque sua sogra estaria doente.
Nem Lapola nem Contursi foram localizados pela reportagem
para comentar o assunto.
Texto Anterior: O que ver na TV Próximo Texto: Picerni se irrita com o time em treino coletivo Índice
|