São Paulo, domingo, 12 de março de 2000


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FUTSAL
Torneio começa hoje com recorde de times tradicionais do campo
Liga-2000 ganha reforço com dinheiro do futebol

JOÃO CARLOS BOTELHO
da Reportagem Local

A edição de 2000 da Liga Futsal, o principal campeonato da modalidade no Brasil, começa hoje reforçada pelo dinheiro dos clubes de futebol.
Neste ano, a competição, disputada desde 1996, bate os seus recordes de equipes inscritas, 14, e de participação de clubes tradicionais no campo, 7. As marcas anteriores eram, respectivamente, 13 e 5.
Entre os que se notabilizam no futebol, dois são estreantes, o Flamengo e o Goiás, e todos eles contam com o apoio financeiro dos clubes e, em alguns casos, também de seus parceiros.
Nessa última situação, se encaixam as equipes cariocas do Flamengo e do Vasco.
Para sustentar uma folha mensal de salários de R$ 180 mil, o primeiro conta com um orçamento custeado pela mesma parceria do campo, entre o clube e a empresa de marketing esportivo ISL.
""Foi o nosso presidente Edmundo (Santos Silva) quem decidiu participar", afirmou o supervisor do futsal do Flamengo, Carlos Alberto de Almeida da Silva.
No Vasco, que foi o campeão recentemente da Taça Brasil, o dinheiro também vem do acordo entre o clube e o Nations Bank. A folha de pagamentos, não divulgada, é avaliada como a mais cara da Liga.
O supervisor do futsal vascaíno, Kléber Rangel, estima que 12 dos 17 jogadores do time são ou já passaram pela seleção brasileira.
A estrela da equipe é o ala Manoel Tobias, líder do Atlético-MG na conquista do título da Liga no ano passado.
No último campeão, o investimento caiu em relação ao de 1999, mas a perspectiva é de voltar ao patamar anterior ou até aumentar, segundo o supervisor atleticano, Atílio Cláudio Fonseca Dias.
""O futsal é a única modalidade citada nominalmente pela futura parceria", revelou.
Isso, segundo ele, está no pré-contrato entre o clube e o consórcio CIE/Octagon-Koch Tavares.
Para este ano, apesar da redução de valor, os custos, como o de R$ 110 mil por mês em salários, estão sendo assumidos, por enquanto, pelo Atlético-MG -em 1999, havia um patrocinador.
No São Paulo, outra das forças desta edição da Liga, a maior parte do dinheiro vem do clube e de seu patrocinador de camisa no futebol, a empresa de telecomunicações Motorola.
Seu supervisor, Ângelo Casanova Neto, vai além ao valorizar a relação entre as duas modalidades, pedindo a participação nos campeonatos de futsal de todos os times integrantes do Clube dos 13, entidade que reúne as principais equipes de futebol do país.
Completando o grupo dos clubes tradicionais no campo, estão o Corinthians, o Internacional e o Goiás, que possuem orçamentos mais modestos para o salão.
A pior situação é a do time da capital paulista, contrastando com sua milionária parceria nos gramados, com o fundo de investimentos HMTF.
O time de futsal do Corinthians tinha até o final da semana assegurados pelo clube apenas os custos de manutenção e de viagens. Para os salários, no total de R$ 50 mil por mês, ainda era procurado um patrocínio, sendo que a equipe faz o único jogo de hoje da Liga, contra a GM.
No Internacional e no Goiás, os gastos, apesar de modestos, são todos bancados pelos próprios clubes. No segundo, um patrocínio ainda é tentado para abater os custos, mas, mesmo sem ele, o dinheiro já está assegurado.


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