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Ronaldo na
reserva não
é opção,
diz Mano
Para técnico do Corinthians, presença do Fenômeno provoca medo nos rivais
Nem má fase do camisa 9 no ano nem o fato de Dentinho ter marcado quatro gols nos últimos quatro jogos fazem treinador mudar de opinião
PAULO GALDIERI
ENVIADO ESPECIAL A BOGOTÁ
Ronaldo, com sua experiência, mesmo em fase de seca de
gols, não sai do time titular do
Corinthians. Dentinho, com
seus quatro gols em quatro jogos seguidos, é apenas um dos
"mais do que 11 titulares" de
Mano Menezes no elenco.
Mesmo sem conseguir engrenar, por enquanto, nesta
temporada e até sendo obrigado a enfrentar adversários cujo
estilo de jogo não o favorecem,
Ronaldo não deve perder sua
vaga entre os 11 que começam
as partidas pelo Corinthians.
Dentinho, artilheiro do time
no ano com cinco gols e responsável por evitar a derrota no
primeiro jogo da equipe fora de
casa na Libertadores, deve continuar como opção, revezando
entre a titularidade e a reserva.
Para o treinador do Corinthians, ainda é muito produtivo
manter o Fenômeno desde o
começo em todas as partidas.
"O adversário respeita muito
esse tipo de jogador como ele.
E, mesmo não conseguindo ser
brilhante, esse temor já faz com
que fiquem mais adversários
atrás, que os zagueiros não
saiam tanto. E isso ajuda outros
jogadores", justifica Mano.
"Eu acho que todos sabem
que sempre podem ficar como
alternativa. Mas temos que reconhecer a importância que ele
[Ronaldo] tem e a contribuição
que ele dá nesse outro aspecto.
E, enquanto isso for mais importante do que não estar lá
dentro, a minha opção vai ser
pela permanência dele."
Já com relação a Dentinho,
começar os jogos prossegue como opção tática, sempre de
acordo com o tipo de partida
que o time espera enfrentar.
"Ele já é titular. Eu gosto tanto dele que até reservei a camisa especial da minha carreira
para ele, que é a 17", desconversa o treinador do Corinthians.
Para Dentinho, não saber se
ele pode se considerar titular
de fato não o incomoda. "Começo de ano é sempre difícil.
Chegam jogadores novos, experientes. Para mim, faz três anos
que é assim. Quando aparece a
chance, tenho que aproveitar,
como fiz em 2008 e 2009."
Pelo menos na Libertadores,
as mudanças táticas de Mano
Menezes planejadas a cada partida deverão continuar. O Corinthians não manterá um esquema fixo como fez no ano
passado, durante a campanha
vitoriosa que culminou com o
título da Copa do Brasil.
No primeiro semestre de
2009, os melhores momentos
dos corintianos ocorreram
quando jogaram num 4-3-3, em
que Jorge Henrique e Dentinho voltavam do ataque para
ajudar a marcar e colocavam
velocidade nos contragolpes.
"Encontrar formações diferentes faz parte de uma competição tão dura como essa [Libertadores]. Fora de casa se joga com menos volume, não tem
jeito. Tem que ter característica de jogadores que marquem
um pouco mais", declara Mano.
"Não adianta só talento para
jogar com a bola porque às vezes os talentos têm que marcar,
e isso não é característica deles", conclui o treinador.
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