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Bruno Senna "sua" para ter carro na pista
DA ENVIADA A SAKHIR
"Vamos acelerar isso que eu
tenho que pular do carro."
Foi assim que o piloto brasileiro Bruno Senna abriu ontem
sua primeira entrevista em um
final de semana de GP.
O "pulo" a que se referia era o
teste de fuga do cockpit exigido
pela FIA, apenas mais uma das
dezenas de coisas que o estreante e sua equipe, a também
novata Hispania, estão tendo
de fazer antes de colocar o carro pela primeira vez na pista.
Depois de ligar os motores
pela primeira vez anteontem, a
equipe espanhola agora corre
contra o tempo para tentar
identificar eventuais problemas que possam surgir e impedir a tão sonhada estreia na F-1.
"Agora já estamos na parte da
montagem, hoje [ontem] já testamos as marchas e fizemos o
carro funcionar com todos os
periféricos", disse Bruno, 26.
"O importante é que não há
desespero na garagem, e é impressionante ver como todos
estão trabalhando duro", completou ele, cujo time foi o único
que não conseguiu realizar testes na pré-temporada.
O motivo foi o atraso no pagamento de uma parcela à Dal-
lara, empresa que construiu o
carro da Hispania. Sem dinheiro, o time foi vendido e trocou
de chefe e nome -era Campos.
"Todos estão surpresos só de
termos conseguido chegar até
aqui, e isso é uma vitória tão
grande que fico com vontade de
ajudar a equipe no que posso",
declarou o sobrinho do tricampeão Ayrton Senna, que teve
uma carreira meteórica: em
apenas seis anos correndo de
monopostos alcançou a F-1.
"Pode parecer bobagem, mas
estou tão empolgado que esse
já me parece o melhor carro do
mundo. Claro que, depois de tirar ele da garagem, não vou
mais achar isso. Mas tudo bem,
a sensação de estar entre os
melhores pilotos do mundo já é
muito gratificante.
(TC)
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