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A resposta do Kleber e os elegantes do Armando
MATINAS SUZUKI JR.
Editor-executivo
Meus amigos, meus inimigos,
sobre a minha coluna da quinta, o presidente do Flamengo,
Kleber Leite, envia as seguintes
considerações:
1) O atual contrato com a
Umbro expira no ano 2000;
2) Os US$ 3,2 milhões da passagem de Bebeto pelo clube dizem respeito a dois adiantamentos relativos a ``royalties''
durante cinco anos.
Como o time só cumpriu dois
anos, tem um débito que ``será
dividido 60 vezes, sem qualquer tipo de correção''.
3) Ele não pediu que a dívida
seja paga a partir de 99 (``como não há correção, fruto, modéstia à parte, de uma boa negociação, e como os `royalties'
em dois anos, serão infinitamente superiores aos atuais,
pelos investimentos que a Umbro fará, conseguimos diluir o
débito em 60 vezes, começando
em 99 e terminando em
2002'').
4) Ele diz que, em vez de deixar dívidas para o futuro, paga as dívidas de seus antecessores (reduziu as dívidas trabalhista de 400 para 80, não
há mais atrasos no pagamento
dos funcionários, compôs as
dívidas do INSS, IR e FGTS, e
pagou a dívida com um grande número de jogadores.
5) O time tem interesse no
alongamento do contrato
(```pagaremos' 40% a mais,
contra 300% no benefício'').
6) As cláusulas ``dacronianas'' estão no atual contrato.
7) Diz que ``não participa da
desorganização do futebol''
como afirmou esta coluna.
``As tentativas permanentes,
agora com aliados como Botafogo e Fluminense, de moralização do futebol do Rio, comandado por Eduardo Viana
e Eurico Miranda, são reconhecidas por todos por aqui.''
Ele diz colaborar para uma
convivência mais justa com a
televisão. É favorável à abolição dos campeonatos regionais
(quer o Brasileiro com duas divisões de 16 clubes cada).
8)Afirma ter um plano simples para entregar ao próximo
presidente um clube equilibrado e respeitado, baseado em
dois grandes contratos de longo prazo. Diz também quem
uma comissão de três rubro-negros notáveis acompanhará o ``ajuste que todos queremos para o Flamengo''.
Para tornar o sábado de gala
na coluna, Armando Nogueira, um sofisticado apaixonado
pelo tema, manda a sua apuradíssima seleção dos mais elegantes de todos os tempos:
``No gol, o uruguaio Roque
Maspoli, campeão mundial de
50; na linha de quatro zagueiros, Carlos Alberto, capitão de
70, Domingos da Guia, santificado como o Divino Mestre,
Bobby Moore, capitão da Inglaterra campeã de 66, e Nilton Santos, que dispensa apresentações. Na meia-cancha,
Beckenbauer, Danilo Alvim e
Didi. Na linha de frente, o
húngaro Florian Albert, da seleção húngara, que passou pelo Flamengo, Heleno de Freitas
e o uruguaio Juan Schiafino,
campeão mundial de 50.''
``Na minha equipe, posso fazer substituições a qualquer
tempo. Entrariam em campo,
com luvas em mãos de moça
bonita, o chileno Figueiroa,
Falcão, o argentino Nestor
Rossi, o austríaco Ocwirk, de
pelica o goleiro Gilmar, Dino
Sani e Ademir da Guia. Treinador: o argentino Guillhermo
Stabile. Fina estampa.''
A coluna, hoje de fraque e
cartola, agradece, Armando.
Matinas Suzuki Jr. escreve às terças, quintas e
sábados
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