São Paulo, sábado, 12 de abril de 1997.

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A resposta do Kleber e os elegantes do Armando

MATINAS SUZUKI JR.
Editor-executivo

Meus amigos, meus inimigos, sobre a minha coluna da quinta, o presidente do Flamengo, Kleber Leite, envia as seguintes considerações:
1) O atual contrato com a Umbro expira no ano 2000;
2) Os US$ 3,2 milhões da passagem de Bebeto pelo clube dizem respeito a dois adiantamentos relativos a ``royalties'' durante cinco anos.
Como o time só cumpriu dois anos, tem um débito que ``será dividido 60 vezes, sem qualquer tipo de correção''.
3) Ele não pediu que a dívida seja paga a partir de 99 (``como não há correção, fruto, modéstia à parte, de uma boa negociação, e como os `royalties' em dois anos, serão infinitamente superiores aos atuais, pelos investimentos que a Umbro fará, conseguimos diluir o débito em 60 vezes, começando em 99 e terminando em 2002'').
4) Ele diz que, em vez de deixar dívidas para o futuro, paga as dívidas de seus antecessores (reduziu as dívidas trabalhista de 400 para 80, não há mais atrasos no pagamento dos funcionários, compôs as dívidas do INSS, IR e FGTS, e pagou a dívida com um grande número de jogadores.
5) O time tem interesse no alongamento do contrato (```pagaremos' 40% a mais, contra 300% no benefício'').
6) As cláusulas ``dacronianas'' estão no atual contrato.
7) Diz que ``não participa da desorganização do futebol'' como afirmou esta coluna.
``As tentativas permanentes, agora com aliados como Botafogo e Fluminense, de moralização do futebol do Rio, comandado por Eduardo Viana e Eurico Miranda, são reconhecidas por todos por aqui.''
Ele diz colaborar para uma convivência mais justa com a televisão. É favorável à abolição dos campeonatos regionais (quer o Brasileiro com duas divisões de 16 clubes cada).
8)Afirma ter um plano simples para entregar ao próximo presidente um clube equilibrado e respeitado, baseado em dois grandes contratos de longo prazo. Diz também quem uma comissão de três rubro-negros notáveis acompanhará o ``ajuste que todos queremos para o Flamengo''.

Para tornar o sábado de gala na coluna, Armando Nogueira, um sofisticado apaixonado pelo tema, manda a sua apuradíssima seleção dos mais elegantes de todos os tempos:
``No gol, o uruguaio Roque Maspoli, campeão mundial de 50; na linha de quatro zagueiros, Carlos Alberto, capitão de 70, Domingos da Guia, santificado como o Divino Mestre, Bobby Moore, capitão da Inglaterra campeã de 66, e Nilton Santos, que dispensa apresentações. Na meia-cancha, Beckenbauer, Danilo Alvim e Didi. Na linha de frente, o húngaro Florian Albert, da seleção húngara, que passou pelo Flamengo, Heleno de Freitas e o uruguaio Juan Schiafino, campeão mundial de 50.''
``Na minha equipe, posso fazer substituições a qualquer tempo. Entrariam em campo, com luvas em mãos de moça bonita, o chileno Figueiroa, Falcão, o argentino Nestor Rossi, o austríaco Ocwirk, de pelica o goleiro Gilmar, Dino Sani e Ademir da Guia. Treinador: o argentino Guillhermo Stabile. Fina estampa.''
A coluna, hoje de fraque e cartola, agradece, Armando.


Matinas Suzuki Jr. escreve às terças, quintas e sábados

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