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Nacionalismo leva tenista à Copa Davis e à Olimpíada
DA REPORTAGEM LOCAL
Primeiro do mundo, condição
sobre a qual comentava com certo
descaso, Gustavo Kuerten cumprirá nos próximos meses os
compromissos que definira como
prioritários: as semifinais da Copa
Davis e a primeira Olimpíada de
sua carreira, ambos na Austrália.
Ele reforça uma inclinação nacionalista pouco comum no circuito.
Os dois últimos torneios olímpicos foram esvaziados pela ausência das estrelas do masculino.
Pete Sampras, o maior tenista dos
anos 90, não aceitou disputar
Atlanta-96. Andre Agassi, seu
compatriota, ficou com o ouro.
""Deve ser legal participar de toda aquela coisa da Vila Olímpica,
conviver com atletas de outras
modalidades. Acho difícil dizer se
poderei ganhar medalha. Todo
mundo tem chances", diz.
Para evitar nova debandada a
ITF (Federação Internacional de
Tênis) decidiu que o evento valerá
pontos no ranking. Não muitos. O
vencedor receberá 80 pontos,
contra 200 de um Masters Series.
A melhor campanha de um brasileiro nos Jogos foi protagonizada por Fernando Meligeni, em
Atlanta-96. Convidado, terminou
em quarto. Agora, mal no ranking, deve ficar de fora.
Garantido no torneio de simples, Kuerten pode ainda participar das partidas de duplas -formaria parceria com Jaime Oncins,
caso este consiga classificação.
Antes, a partir do próximo dia
26, marcará presença pela quarta
vez no Torneio de Wimbledon,
Inglaterra. Na primeira, em 1997,
perdeu na estréia. Mesmo resultado obtido no ano seguinte. Em
1999, chegou às quartas-de-final
-perdendo para Andre Agassi.
O torneio servirá de preparatório para o duelo contra os australianos, em quadra de grama, de 14
a 16 de julho, em Brisbane (Austrália). Atual campeã, a equipe local pode se dar ao luxo de desprezar a melhor dupla da história
(Todd Woodbrige e Mark Woodforde). Somente um fará companhia a Lleyton Hewitt, Mark Philippoussis e Patrick Rafter. Em 99,
o Brasil disputou as semifinais,
mas perdeu para a França.
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