São Paulo, terça-feira, 12 de junho de 2001

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PAINEL FC

Antes tarde...
Quem ficou alvoroçada com a saída de Leão foi Renata Alves. Crente que o novo técnico do Brasil seria Luxemburgo, ela marcou uma coletiva de imprensa para amanhã. Prometia revelar o nome de 33 jogadores que teriam dado lucro a seu ex-patrão quando negociados.

...do que nunca?
A ex-assessora de Luxemburgo, que ontem à noite teria uma reunião com Álvaro Dias (PSDB-PR), presidente da CPI do Futebol no Senado, mais tarde voltou atrás. Diante da informação de que dificilmente Luxemburgo seria convidado para voltar à seleção, desmarcou a coletiva. Segundo ela, a lista ficaria para o futuro.


Na defesa
Quem se mostrou muito satisfeito com a troca na comissão técnica do Brasil foi Zico. Ele diz que Leão usava a mentalidade de goleiro: "Primeiro ele queria não levar gol. Só depois se preocupava em marcá-los."

Surpresa boa
Apesar de ter criticado a escolha de Leão desde que o técnico assumiu a seleção, em outubro do ano passado, Sócrates reconheceu não esperar que ele caísse tão cedo. A amigos, disse esperar, por pior que fosse o temperamento do treinador, que até a Copa ele aguentasse.

Poliana
Desafeto declarado de Leão, Sócrates, que responde a processos por calúnia e difamação abertos pelo treinador, também se mostrou contrário a eventual retorno de Luxemburgo à seleção. Mas veria um ponto positivo em sua volta: ela mostraria que a CBF continua a mesma, não se importando a mínima com questões éticas.

Lobby baiano
Mais lenha para a fogueira da CBF. O deputado Geddel Vieira Lima, líder do PMDB na Câmara, disse ter conseguido incluir o Juazeiro na Série B do Brasileiro.

Lobby paraense
O caso será usado pelo Remo, time paraense que pleiteia uma vaga na Série A. Se Ricardo Teixeira acha que sempre cabe mais um na segunda divisão, na primeira é a mesma coisa, raciocina a direção do Remo.

Fogo nele
Na fase final do Campeonato Paraense, a torcida do Remo tem aproveitado para azucrinar Teixeira. Um boneco com a cara do dirigente foi queimado na rodada do fim de semana.

Flexibilidade
A CPI da CBF/Nike inicia hoje as discussões em torno do relatório final. Sílvio Torres (PSDB-SP), autor do texto, disse ontem que tem poucas esperanças de que ele seja aprovado sem alterações. O relator, que fez duros ataques aos dirigentes, afirma que não é inflexível, mas que gostaria de ter seus pedidos de indiciamento preservados. Será quase impossível.

Vazio
Os adversários de Torres na CPI, a chamada "bancada da bola", passaram o dia de ontem reunidos e devem apresentar um novo relatório em tom mais brando. Para eles, os pedidos de indiciamento não se fundamentam em provas. O risco de a CPI terminar sem relatório oficial é grande, já que seu prazo expira à meia-noite de amanhã.

Direitos trabalhistas
Segundo a CBF, assim que soube, por intermédio do coordenador Antônio Lopes, que seria demitido ao chegar ao Brasil, Leão se precipitou e decidiu ele próprio pedir demissão antes de embarcar de volta ao Brasil. Com isso, pode ter perdido os 40% sobre o fundo de garantia a que teria direito se tivesse sido demitido do cargo.

Carteira de trabalho
Assim como Leão, Luiz Felipe Scolari será contratado pela CLT, com carteira de trabalho assinada como a maioria dos funcionários da CBF. Seu salário na seleção será de cerca de R$ 200 mil por mês.

Pretensão
Supervisor da seleção na Copa de 98, com Zagallo, Américo Faria disse ontem que o fato de estar trabalhando no Palmeiras não é obstáculo no caso de ser chamado para reassumir o cargo. ""Não temos nada assinado, apenas um contrato verbal."

Tricampeão
O selo que será lançado pelos Correios em julho para homenagear Guga não esquece a importância de Larri Passos para a carreira do tenista. O treinador aparece em segundo plano, atrás de Gustavo Kuerten, que realiza um backhand.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

Do ex-jogador Zico, sobre o atacante Romário, com quem está brigado desde a Copa da França-98:
-O nome dele eu prefiro nem mais falar.

CONTRA-ATAQUE

Alvo certo

Durante as eliminatórias da Copa-94, o Brasil também teve um ""jogo de vida ou morte" em Montevidéu. Se perdesse para o Uruguai, que precisava vencer, ficaria em situação complicada.
No estádio Centenário, a torcida brasileira, composta na maioria por gremistas e colorados, ocupou apenas um pequeno setor da arquibancada.
Mas foi ela que fez a festa, pois o empate, por 1 a 1, foi melhor para os brasileiros.
Revoltados, os torcedores da casa esperaram os ""rivais" com paus e pedras na saída.
Assustados, os brasileiros escondiam suas bandeiras e camisetas e evitavam falar português, misturando-se aos uruguaios.
Foi aí que uma uruguaia, guia de uma excursão de brasileiros, começou a gritar, chamando os torcedores que estavam com ela.
De cara apareceu um brasileiro, saído ninguém sabe de onde, e, vestido com o uniforme de Carlos Alberto Parreira, apresentou-se à guia. Foi aí que os uruguaios encontraram o foco certo. Atiraram pedras atrás de pedras, uma delas bem na cabeça do "Parreira cover".


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