São Paulo, terça-feira, 12 de junho de 2001

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TÊNIS

Mesmo com as mudanças na organização do torneio, brasileiro diz que prefere descansar a jogar na grama de Londres

Wimbledon faz revolução; Guga diz não

PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A PARIS

O Torneio de Wimbledon quebrou sua tradição, mas Gustavo Kuerten não voltou atrás na decisão de não participar da mais tradicional competição do tênis.
Ontem, no primeiro dia após o tricampeonato em Roland Garros, torneio que é a sua prioridade, o brasileiro bateu o pé e disse que prefere descansar e se preparar para o segundo semestre a jogar na grama de Londres.
As declarações de Kuerten aconteceram no mesmo dia em que, pressionados pela legião dos especialistas do saibro e pelo próprio Guga, os organizadores do torneio inglês anunciaram mudanças importantes na definição dos cabeças-de-chave.
Em Paris, o comitê que organiza os Grand Slams anunciou que a partir da próxima edição de Wimbledon, que começa dia 25, todos os torneios da série principal do tênis mundial terão 32 pré-classificados, contra 16 de hoje.
Além disso, na mudança mais importante, foi estabelecido que os 32 cabeças-de-chave serão os primeiros colocados do ranking de entradas da ATP, como era desejo dos jogadores. O desempenho na grama, o motivo do boicote espanhol em 2000, só será levado em conta para definir a ordem dos pré-classificados entre os 32 tenistas mais bem ranqueados.
Apesar de ter seu desejo atendido, Kuerten usou até o nome de um de seus patrocinadores para anunciar a desistência de Wimbledon. "Vou botar um Rider no meu pé e descansar", afirmou.
Kuerten também disse que sua desistência do Grand Slam inglês não deve ser definitiva. "Isso é mais para o momento", disse ele, que lembra do ocorrido no ano passado para justificar a decisão.
"Tive uma experiência ruim. Fiquei doente em Wimbledon e não consegui jogar. Perdi uns dois meses para me recuperar", explicou, mesmo sabendo que pode perder a liderança do ranking de entradas e da Corrida dos Campeões-2001 no Grand Slam inglês.
Os organizadores de Roland Garros também anunciaram os números finais da edição 2001.
O público total do torneio aumentou de 380.111 pessoas em 2000 para 390.172 agora.
Foram vendidos US$ 33 milhões de produtos próprios e licenciados com a marca Roland Garros. Só a grife do torneio teve ganhos de US$ 5,7 milhões.


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