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São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 2003

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FUTEBOL

Time de Luxemburgo explora falhas dos cariocas, faz 3 de cabeça no 1º tempo e assegura vaga na Libertadores-2004

Cruzeiro bate Fla e ganha a Copa do Brasil

Washington Alves/Reuters
O reserva Maicon e Luisão (dir.), autor do terceiro gol do Cruzeiro na vitória sobre o Flamengo, festejam com o troféu da Copa do Brasil


JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Era a zaga do Cruzeiro que preocupava, mas foi a do Flamengo que falhou -e de maneira bisonha- na final da Copa do Brasil. Com um erro após o outro, permitiu ao time mineiro chegar com facilidade à vitória por 3 a 1 e ao título de campeão do torneio.
Com a conquista, a quarta da história do Cruzeiro (já tinha sido o vencedor da competição em 1993, 1996 e 2000 e agora iguala-se ao Grêmio), a equipe de Wanderley Luxemburgo assegurou uma vaga na Libertadores de 2004.
Em outras palavras, se ficar entre os três primeiros do Brasileiro -atualmente é o líder, mesmo com um jogo a menos-, dará a oportunidade ao quarto colocado de também disputar a Libertadores em 2004. Pelo regulamento do Nacional, os três melhores irão participar da próxima edição do torneio sul-americano.
Após um primeiro jogo emocionante no Rio, quando o Flamengo obteve o empate por 1 a 1 apenas nos instantes finais, o primeiro tempo da partida de ontem no Mineirão foi de um time só.
Mesmo sem Thiago e Edu Dracena, suspensos, e tendo que contar com o novato Gladstone, 18, que estreou ontem na atual temporada e recebe R$ 500 mensais, e Luisão, fora de forma, a zaga do Cruzeiro não comprometeu.
A do Flamengo, sim. Logo aos 2min, o meia Alex cruzou, e o atacante Deivid aproveitou que a zaga carioca ficou estática para cabecear e fazer 1 a 0.
Aos 16min, o time de Nelsinho Baptista repetiu exatamente a mesma falha. Novamente Alex cruzou, da esquerda do ataque do time mineiro, só que desta vez quem aproveitou foi Aristizábal. O atacante colombiano tocou firme de cabeça e ampliou o placar.
O meia-lateral Athirson, já hostilizado pela torcida no primeiro jogo, no Maracanã, ficou parado nos dois gols e foi exatamente por suas costas que a bola passou.
Com a desvantagem no marcador, o Flamengo se descontrolou de vez. O goleiro Júlio César teve áspera discussão com o zagueiro Fernando e chegou a reclamar também do posicionamento de Athirson. De nada adiantou.
Instantes depois de a defesa flamenguista trocar acusações, o Cruzeiro chegou ao seu terceiro gol. E novamente de cabeça. Quem fez foi Luisão, aos 29min.
"Não tem que ficar gritando um com o outro", reclamou Fernando, no intervalo, protestando contra a atitude de Júlio César. "Temos é que jogar futebol."
No início do ano, na semifinal do Estadual do Rio, quando o Flamengo foi eliminado pelo Fluminense, o goleiro também chegou a perder a cabeça, discutindo com seus companheiros de time, abandonando o gol para sair ao ataque e trocando farpas com o técnico Evaristo de Macedo, que acabou sendo demitido.
No segundo tempo, no entanto, o panorama da partida mudou.
O Flamengo, que havia criado apenas duas chances de gol na fase inicial, uma com Fernando Baiano e outra com Edílson, partiu com maior firmeza para o ataque e diminuiu aos 19min.
Após uma bela triangulação com Felipe e Athirson, Fernando Baiano chutou, dentro da grande da área, e marcou para o Fla.
Assim como seus companheiros de equipe, Júlio César, que não foi bem na fase inicial, recuperou-se na segunda etapa, quando fez pelo menos três grandes defesas.
Do outro lado, no entanto, o goleiro Gomes fez o mesmo. E com isso, apesar de demonstrar mais disposição no segundo tempo, o Fla não conseguiu alterar a história do jogo. Teve que sair de campo escutando os gritos da torcida mineira de tetracampeão para os comandados de Luxemburgo.


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