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Espírito das
Fan Fest é
beber e torcer
UIRÁ MACHADO
ENVIADO ESPECIAL A BERLIM
Quem vê os jogos da Copa
nos telões gigantes montados nas 12 sedes tem, muitas
vezes, a impressão de estar
dentro do estádio. Principalmente se as atenções estiverem voltadas para a torcida.
O público que assistiu ontem à vitória da Holanda sobre Sérvia e Montenegro no
Portão de Brandemburgo,
principal cartão-postal de
Berlim, teve essa impressão
levada ao extremo quando
torcedores precisaram ser
separados pela polícia.
A ameaça de briga, entretanto, foi exceção. A regra
para o público das Fan Fest
(locais onde são armados os
telões) tem sido apoiar um
dos times e confraternizar
com as outras torcidas.
E isso vale mesmo quando
a sua seleção nem está em
campo. Sábado, em Leipzig, a
torcida holandesa vibrava a
cada boa jogada da Costa do
Marfim, vaiava quando uma
falta não era anotada para os
africanos e emudecia quando
os argentinos marcavam gol.
E, claro, torceu até o fim
pelo empate, que não veio.
Como se estivesse no estádio, e não a 400 km dali.
Nas Fan Fest, os alemães
acompanham tudo de perto.
Se esforçam para ajudar e fazer amizade. Bebem muita
cerveja, mas continuam contidos, mesmo quando comemoram gols. Em geral bem
comportados, estranham
tanto lixo no chão. Sabem,
porém, que tudo estará limpo antes das partidas do dia
seguinte. E sempre está.
Para começar de novo.
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