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Croácia usa Copa para ter Euro-2012
Em campo, adversário de amanhã do Brasil quer igualar terceiro lugar de 1998, sua melhor colocação
FÁBIO VICTOR
ENVIADO ESPECIAL A BAD BRÜCKENAU
Em campo, a meta na Copa é
se aproximar de 1998 (quando
foi terceira) e se afastar de
2002 (eliminada na primeira
fase). Nos bastidores, a Croácia,
adversária do Brasil amanhã, só
pensa em 2012. Junto com a
Hungria, o país é candidato a
receber a Eurocopa daqui a seis
anos e pretende usar o Mundial
para reforçar sua campanha.
Sem muito alarde, para não
serem advertidos pela Fifa, que
proíbe essas manifestações na
Copa, os cartolas do país se desdobram em articulações políticas para promover a candidatura conjunta. Buscaram apoio
nos amistosos preparatórios
contra seleções européias realizados nas últimas semanas,
cortejam dirigentes poderosos
e aproveitam a presença da mídia internacional na Alemanha
para potencializar o lobby.
"Neste momento, quando a
decisão sobre a sede se aproxima, cada jogo e cada publicidade sobre a Croácia fazem parte
da campanha da nossa candidatura", afirmou à Folha Zorislav
Srebric, secretário-geral da Federação Croata de Futebol.
A Uefa, entidade que administra o futebol europeu, vai
definir em dezembro o local do
torneio de seleções. As outras
finalistas são Itália e Polônia/
Ucrânia, outra dobradinha.
A julgar pela primeira etapa
da votação, em novembro, a
disputa será apertada. A Itália
teve 11 pontos, Croácia/Hungria, nove, e Polônia/Ucrânia,
sete. Turquia, com seis, e Grécia, dois, foram eliminadas.
Segundo Srebric, o segundo
na hierarquia da federação
croata, até o jogo contra o Brasil fará parte do lobby. "Embora a decisão seja da Uefa, Ricardo Teixeira é um homem poderoso no futebol mundial. Claro
que trabalharemos para que
apóie a nossa candidatura."
Questionado se a Croácia negociaria o apoio de Teixeira em
troca do voto no brasileiro -integrante do Comitê Executivo
da Fifa- numa eventual candidatura à presidência da organização, Srebric, aos risos, desconversou: "Não me faça uma
pergunta dessas, por favor".
A campanha para agradar a
CBF começou na própria entrevista. O dirigente fez questão de cobrir de elogios o brasileiro, que conheceu em 2005,
quando a seleção jogou amistoso em Split. "É um excelente
homem, ótimo para fazer negócios e muito bom dirigente."
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