São Paulo, segunda-feira, 12 de junho de 2006

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Zinha, pelo México, dá à Copa o 1º gol brasileiro

Atleta, que nasceu no Rio Grande do Norte, é o segundo mais baixo do Mundial

Derrota do Irã por 3 a 1 afasta visita do presidente do país muçulmano, alvo de protestos do lado de fora do estádio de Nuremberg


MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Com apenas 1,63 m, Antônio Naélson fez de cabeça o primeiro gol de um brasileiro nesta Copa do Mundo. Conhecido como Zinha (ou Sinha) e naturalizado mexicano, ele foi o jogador-chave para que seu novo país superasse o Irã por 3 a 1.
Ao entrar no lugar de Guillermo Franco, quando o jogo estava 1 a 1, Zinha deu uma assistência para o gol do desempate, de Omar Bravo (que também marcou o primeiro) e fez o terceiro gol após cruzamento. Golmohamaddi marcou para o Irã.
"Foi apenas mais uma partida, não mais", analisou Zinha, tentando não se entusiasmar.
Zinha, 29, atua no Toluca (MEX). Nasceu na cidade de Itajá (RN) e foi para o México após ter jogado pelo Rio Branco (SP) com Marcos Assunção e Marcelinho Paraíba.
Brasileiros em outras seleções ainda podem deixar gols. Francileudo (Tunísia), Alex Santos (Japão), Marcos Senna (Espanha), e Deco (Portugal).
Segundo jogador mais baixo desta Copa (acima apenas do equatoriano Lara, de 1,62 m), Zinha fez a alegria de muitos que preferem ver o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, longe da Copa.
Do lado de fora do Frankestadion, onde as duas seleções se enfrentaram, cerca de mil exilados e ativistas protestavam contra o líder político.
"Um criminoso como Ahmadinejad não é bem-vindo na Alemanha", disse o secretário do Interior da Bavária, Günther Beckstein, que tomou parte de uma passeata contra os abusos do iraniano, que nega o Holocausto judeu e confronta o Ocidente com projetos nucleares. "Apenas seu passaporte diplomático pode resguardá-lo de ser preso", declara Beckstein.


Com agências internacionais

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