São Paulo, quinta-feira, 12 de julho de 2007

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Seleção confirma destreza nos pênaltis

Das últimas 7 disputas, entre Mundial e Copa América, equipe principal saiu de campo vencedora em 6 oportunidades

Técnico Dunga, que acertou cobranças decisivas em 1994, 1995 e 1998 no time nacional, afirma que frieza é a chave para o sucesso

RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A MARACAIBO

Se a seleção brasileira teve algum trauma com pênaltis nos anos 80 e no início dos anos 90, isso ficou mesmo para trás. Desde 1995, a equipe nacional não perde uma disputa de penalidades máximas. O sucesso da equipe nacional anteontem contra o Uruguai não só elevou Doni como firmou a eficiência da seleção nesses desempates.
O Brasil fez anteontem 5 a 4 nos pênaltis no Uruguai (após um 2 a 2 no tempo normal) na semifinal deste ano, mas na final passada aplicou um 4 a 2 na Argentina e, antes disso, havia feito um 5 a 3 no Uruguai.
Entre Mundiais e Copas América, são nove disputas de pênaltis da seleção e seis triunfos. Nos últimos sete duelos, levou a melhor em seis.
""Escolhemos os batedores com base nos treinos. Os que tiveram melhor produtividade bateram. Mas perguntei para eles se estavam bem antes de definir os cobradores", falou Dunga, que bateu e converteu pênaltis na final da Copa-94, contra a Itália, e na semifinal da Copa-98, contra a Holanda.
""Imagina minha situação em 1994, com tudo o que eu tinha passado na Copa de 1990 [o fracasso da seleção ficou simbolizado como era Dunga]. É preciso ter frieza para chegar seguro naquela hora", disse Dunga, que estava na última disputa de pênaltis perdida pelo Brasil, a final da Copa América-95, no Uruguai, diante do rival.
Os dois pênaltis desperdiçados pelo Brasil anteontem (Afonso e Fernando) bateram na trave direita de Carini. ""Bati quatro vezes naquele canto no treino e acertei três. Não tinha por que mudar", disse Afonso.
""Pênalti é para testar o coração", disse Diego, que saiu do banco e converteu a cobrança.
Apesar da confiança nos pênaltis, Dunga disse que não contava com a decisão dessa forma e culpou o juiz colombiano Oscar Ruiz por isso -o árbitro tem sido criticado por ter permitido a adiantada de Doni no pênalti derradeiro do jogo.
""Quando estava 1 a 0, o juiz não deu o pênalti [Lugano agarrou Vágner Love na área]. Não queríamos decidir nos pênaltis. O Uruguai conseguiu o empate, ficou difícil quando estávamos em desvantagem [nos pênaltis], mas tinha convicção de que ganharíamos", falou ele.
Dunga terá um problema considerável para a final de domingo, em Maracaibo. O volante Gilberto Silva, capitão do time, está suspenso por ter recebido o segundo cartão amarelo.
O treinador não apontou ninguém ainda como substituto, porém há a tendência de ele manter três volantes (Fernando poderia entrar no time). Outras opções são Elano (Josué e Mineiro jogariam como no São Paulo) e Diego -a entrada deste deixa o time mais ofensivo.
Na folga de ontem, os atletas curtiram um pagode na piscina do hotel e fizeram compras. À noite, o grupo assistiria à semifinal entre Argentina e México.


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