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Seleção confirma destreza nos pênaltis
Das últimas 7 disputas, entre Mundial e Copa América, equipe principal saiu de campo vencedora em 6 oportunidades
Técnico Dunga, que acertou
cobranças decisivas em
1994, 1995 e 1998 no time
nacional, afirma que frieza
é a chave para o sucesso
RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A MARACAIBO
Se a seleção brasileira teve algum trauma com pênaltis nos
anos 80 e no início dos anos 90,
isso ficou mesmo para trás.
Desde 1995, a equipe nacional
não perde uma disputa de penalidades máximas. O sucesso
da equipe nacional anteontem
contra o Uruguai não só elevou
Doni como firmou a eficiência
da seleção nesses desempates.
O Brasil fez anteontem 5 a 4
nos pênaltis no Uruguai (após
um 2 a 2 no tempo normal) na
semifinal deste ano, mas na final passada aplicou um 4 a 2 na
Argentina e, antes disso, havia
feito um 5 a 3 no Uruguai.
Entre Mundiais e Copas
América, são nove disputas de
pênaltis da seleção e seis triunfos. Nos últimos sete duelos, levou a melhor em seis.
""Escolhemos os batedores
com base nos treinos. Os que tiveram melhor produtividade
bateram. Mas perguntei para
eles se estavam bem antes de
definir os cobradores", falou
Dunga, que bateu e converteu
pênaltis na final da Copa-94,
contra a Itália, e na semifinal da
Copa-98, contra a Holanda.
""Imagina minha situação em
1994, com tudo o que eu tinha
passado na Copa de 1990 [o fracasso da seleção ficou simbolizado como era Dunga]. É preciso ter frieza para chegar seguro
naquela hora", disse Dunga,
que estava na última disputa de
pênaltis perdida pelo Brasil, a
final da Copa América-95, no
Uruguai, diante do rival.
Os dois pênaltis desperdiçados pelo Brasil anteontem
(Afonso e Fernando) bateram
na trave direita de Carini. ""Bati
quatro vezes naquele canto no
treino e acertei três. Não tinha
por que mudar", disse Afonso.
""Pênalti é para testar o coração", disse Diego, que saiu do
banco e converteu a cobrança.
Apesar da confiança nos pênaltis, Dunga disse que não
contava com a decisão dessa
forma e culpou o juiz colombiano Oscar Ruiz por isso -o árbitro tem sido criticado por ter
permitido a adiantada de Doni
no pênalti derradeiro do jogo.
""Quando estava 1 a 0, o juiz
não deu o pênalti [Lugano agarrou Vágner Love na área]. Não
queríamos decidir nos pênaltis.
O Uruguai conseguiu o empate,
ficou difícil quando estávamos
em desvantagem [nos pênaltis], mas tinha convicção de que
ganharíamos", falou ele.
Dunga terá um problema
considerável para a final de domingo, em Maracaibo. O volante Gilberto Silva, capitão do time, está suspenso por ter recebido o segundo cartão amarelo.
O treinador não apontou
ninguém ainda como substituto, porém há a tendência de ele
manter três volantes (Fernando poderia entrar no time). Outras opções são Elano (Josué e
Mineiro jogariam como no São
Paulo) e Diego -a entrada deste deixa o time mais ofensivo.
Na folga de ontem, os atletas
curtiram um pagode na piscina
do hotel e fizeram compras. À
noite, o grupo assistiria à semifinal entre Argentina e México.
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